quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Prefiro assim...

Dia 29.10.2008.
Não... não consegui...
Não agüentei nem ao menos esperar...
Tive que fazer isto não como uma obrigação, mas como uma vontade
Que passa além daquilo que me distingue da razão e do coração.
Sinto que não agüentei justamente porque sou assim!
É uma necessidade, é uma forma de retribuição.
É a expressão que não estão nas palavras.
É a descrição do sentimento.
É a forma. É o ser e o querer.
É o tentar, sempre me cutucando e me instigando
Me alertando e dizendo que tenho que viver!
É o simples e ao mesmo tempo o complexo
Dizendo para mim que tenho que caminhar com meus próprios passos...
Que marcam a minha trajetória, ou para o sonho, ou para a concretização deste.
Que me distingue do meu verdadeiro destino e do rumo que quero para mim.
É uma vontade imensa de sempre estar junto, de se sentir completo
É a preocupação que me torna um ser protetor e velejador das sombras das turbulências que ainda virão.
É... eu prefiro amar... e prefiro amar cegamente, do que me apaixonar por uma simples ilusão.
Prefiro me perder e neste medo me encontrar do que ser somente mais um.
Prefiro ser eu, unicamente eu, com este meu coração batendo forte, querendo sair de meu peito como um suspiro eterno.
Prefiro acreditar que exista neste mundo um sentimento assim: com devotos de amor, carinho e simplicidade que nos tornam os verdadeiros seres humanos!
Não é possível cravarmos e escavarmos em nós uma maquiagem falsa de esperança, deixando de enxergar o óbvio! Não é possível pensarmos que temos o direito de tirar de nós mesmos os sentimentos primários de nosso ser, quando nascemos e trazemos de forma pura, pela única justificativa de sermos massacrados por uma tristeza, um fracasso e uma decepção!
Não é justificativa! Não é desculpa para mim isto! E não posso aceitar esta fragilidade e esta não aceitação do amor próprio!
Que desvio de finalidade é este? Que mundo carente é este que vivemos? Toda esta falsidade encapuzada de medo de expor o seu coração? Para QUE e POR QUE?
Vivendo assim é a forma de dizermos para si mesmos: “- Eu não sou assim!”
Não me venha dizer que não vale a pena sofrer... não me fale baixinho em meu ouvido que não vale a pena viver de amor... não me fale que a máscara está por cair...
Liberte-se e viva, justamente aquilo que sempre sonhou, que sempre quis, que sempre desejou, pois não há remorso pior na vida do que este: você se enganar.
Hoje, coloquei a cabeça para fora de meu quarto... senti aquele ar limpo e puro... “- Razão ou coração?” me perguntei. Por um instante, sentei em meu quarto, abri um belo sorriso largo e escachado e repeti: “- CORAÇÃO!”

sábado, 25 de outubro de 2008

O galo...

Dia 18.10.2008.
Enquanto isso, no churrasco na Débora Barbeitos os estraleiros de plantão Lé, Ale, Udo e Dé fizeram um churrasquinho naquele sábado a tarde...

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domingo, 19 de outubro de 2008

Eu posso voar...

Dia 19.10.2008.
O engraçado é que pelo ditame do coração, não existem limites! Ainda bem! Digo para mim mesmo isso diariamente quando fecho meus olhos e vejo os desejos que ainda não foram concretizados dentro do meu coração, e, paralelamente, os medos e as impossibilidades que me cercam para alcançar justamente aquilo que ainda não experimentei, aquele sabor que não engoli, nem mesmo aquele cheiro que não senti. De que adianta estar estagnado nos sentimentos apenas de meu coração? De que adianta eu fazê-lo parar? Para que me enganar? Para que me cegar pelos motivos alheios e por sentimentos alheios à nossa vontade? Medo, insegurança, ciúmes, ditames, regras, tempo e espaço? Para que pensar nisso tudo se quando olho para dentro de mim vejo tão somente nuvens, carregadas de sentimentos bons, recíprocos e palpáveis? Para que imaginar que as nuvens estão tão distantes, deixando de lado a possibilidade de sonhar? Para que pensar que não posso voar?

Derrame sobre mim! Rápido! E com raios, trovões e muita água toda sua fúria! Desce sobre minha cabeça o contrário e o oposto, pois o que eu não vejo de perto me interessa! Para que locupletar-me com o trivial? Para que sentir isso dentro de mim, esta força que me movimenta e diz que não posso viver sozinho? Para que plantar sentimentos longínquos, distantes? Sim meu Deus! Sou um sonhador... sou um homem sonhador com os pés no chão! Olha que sentimento estranho: vivendo um sonho com os pés no chão! É possível? Será que posso caminhar nas nuvens vermelhas do sentimento do amor e, nadando sobre elas, sair molhado de gratificação e satisfação própria por ter vivido o que eu sempre quis? Prefiro ser um velho sonhador e ser EU do que ser aquilo que supunha ser em uma razão plantada à tempos atrás pela sociedade, pelos amigos e pela minha vida já vivida!

Prefiro ser assim, como as nuvens carregadas! Cheias e plantadas no céu! Prefiro ser aquele velho sonhador, plantando sentimentos que as pessoas esqueceram à muito tempo. Porque não eu? Sento-me e olho no espelho. Fecho meus olhos e vejo minha imagem refletida. Vejo justamente isto: um borrão, dobras, formas diferentes... uma nuvem. Preta... Carregada... pronta para explodir, para derramar sobre os outros o amor, o carinho e o meu eu, sentimentos estes únicos pessoais, que plantei e que levarei de mim para o resto de minha vida.

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O acaso...

Dia 16.10.2008.
Você, que está sozinha ao acaso,
não se preocupa com os males terrenos.
Apenas, olha serenamente, a todos nós.
Deposita seu poder através de sua luz
Deixa-nos extasiados com tanta beleza
Simplicidade é a palavra chave


Que demonstra quem tu és, tua função, tua magnitude!
É impossível não derramarmos sobre ti uma parcela de inveja
De saber que esta ai, tão distante.
Ao ponto de fecharmos os dedos, taparmos um olho e observar que cabe aqui, nas entranhas do mínimo.
Tu não sabes, rainha, mas és bela!
O que deseja e o que quero de ti é tão somente isso
Que me ilumine
Que me traga paz


Que assopre sobre mim esta tranqüilidade
Este silêncio seja recíproco
Que os males terrenos fiquem distantes de ti
Mas que essa distancia entre nós
Seja apenas uma metáfora, uma analogia
Do saber, querer e do amar.”



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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Chattanooga 2008...

Dia 11.10.2008. Enquanto isso, no warm up versão Chattanooga 2008 realizado no Espaço Action de São João da Boa Vista, Estado de São Paulo, os amigos Murilo Biaco, Ana Carolina, Ana Valim, Thássia Zancra, Adriana Gruli, Iris Lacerda, Fran Beraldo e Junior se reuniram para bater um papo, dar risada e descontrair...

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sábado, 11 de outubro de 2008

O primeiro sentido...

Dia 11.10.2008. O primeiro sentido não está listado nos demais que todos nós, no ponto de vista biológico, científico e cognitivo, estamos cansados de saber. Não se trata de uma hierarquia de percepções, muito menos de testes e comprovações que sempre buscamos em nossa vida. O primeiro sentido não esta visível aos olhos dos seres humanos. Somos limitados, aliás, limitadíssimos em queremos apalpar o intocável em sermos muito ambiciosos ao ponto de termos aquilo que realmente não precisamos. Aliás, acho que o primeiro sentido é justamente a justificativa dos demais. É o contraste. É o cerne, a raiz, a sistematização de tudo... foi o primeiro sentido que me fez caminhar pelas ruas do bairro onde moro. Foi o primeiro sentido que, todo descabelado, sem camiseta, calçando apenas um chinelo preto, simples, me fez olhar para fora do portão. Foi este sentido que sem ao menos tomar um café, um copo de água me motivou para rever meu passado, a respirar o ar das plantas colhidas e ver o reflexo do antigo no meu mundo atual.

Agora imagem você a cena: um homem, abarrotado de colares no pescoço, com uma câmera fotográfica pendurada, com aquele cabelo grande, alto e desarrumado, sem camiseta e vestindo tão somente um chinelo preto e uma bermuda. O sol resolveu aparecer. Calor. 12:56 da manhã. Sem vento algum! E este homem descendo uma rua, um pouco íngreme, guiado somente por seu instinto e nada mais. Imagine este homem sem propósito algum, sem idéia alguma, sem comunicação alguma. Imagine ele, seco, desnutrido de idéias vagando naquela rua sob aquele calor imenso. Imagine... e pergunte: porque?

Foi quando me deparei que estava perto de uma esquina do Bairro Parque Colinas da Mantiqueira, aqui mesmo em São João da Boa Vista. Uma rua que interligava justamente o meu passado ao presente. Não havia asfalto naquela época, não existia este aglomerado de casas. Somente 3 ou 4, no máximo! Tinha poucos amigos, mas poucos que perpetuam até hoje. Tínhamos a natureza! Tínhamos estrada de terra, barro, plantações, mato, e o nosso querido Rio Jaguari. A CIPREJIM, uma instituição na qual preserva e mantém a natureza com seu viveiro de árvores da Bacia do Rio Jaguari Mirim, também estava lá. Sentei naquela esquina... olhei para cima e vi casas, prédios, ruas, carros, avenida... Em contra-partida olhei para baixo: escutei um barulho de água, um beco, uma porteira. A civilização ou uma visita ao passado? Pensei... Sentado na beira da calçada, vi flores, vi uma abelha, vi meu primeiro sentido, me guiando, me cutucando... Rosa, amarelo, verde, roxo, vermelho. Tudo me chamava! Tudo estava ali! Bastava pouco para o muito. Bastava um caminhar.. e aconteceu. De repente uma força, um puxão, e a conseqüência: desci para o encontro do acaso.

Meu primeiro sentido me disse que desde ocomeço deminha vida esta região sempre foi única. Me falou através da mente e do coração que o mínimo poderia ser sim tocável! Ainda me lembro bem desta rua como se fosse e de fato foi, uma das melhores épocas de minha vida! Quando somos crianças guardamos na memória o que não nos afetava, o que não nos atingia no âmago e sempre tínhamos uma energia para fazer tudo e em um pouco espaço de tempo que realmente não sei como descrever. Vi aquela rua perto do Rio Jaguari Mirim como uma memória boa: bicicletas, pique – esconde, corridas... Nestes mesmos bancos que hoje estão cercados de árvores costumávamos criar uma casa de bambu, no meio da mata que servia de ponto de encontro dos amigos. Costumávamos sempre fazer isso: trabalhar com o que a natureza nos deu e que não tínhamos consciência do que isso significaria para nós naquele tempo! Somente me dei conta do que esta fase significou para mim hoje, quando sentei neste banco e fiquei olhando o pouco que restou daquela linda natureza... Um aperto. Um nó imenso, inigualável se instalou em meu coração. Vi barragens, vi cercas, vi destruição. Onde estava aquele coqueiro, a árvore que marcava a entrada da trilha? Onde?

Fui atrevido sim na situação que estava, mas não me restou outra opção. Praticamente descalço entrei na pequena trilha onde passa praticamente um carro hoje. Vi uma única árvore com uma bela sombra. Esbanjando beleza registrei-a e senti quando passei ao seu lado um certo alívio que me impulsionou a ir mais adiante, mais para dentro daquilo tudo... Já eram quase duas horas da tarde. Nem mesmo café tinha tomado! Sem deixar notícia para ninguém, celular em casa, bilhete em branco, nenhuma mísera mensagem, segui andando no meio da mata. Vi uma trilha para esquerda ao lado da cerca da CIPREJIM. Virei e parei bem rente ao muro. O calor que antes estava me atingido foi acalmado pela sombra da pequena floresta e pela música que saía lá de baixo, em um pequeno vale na qual passa o Rio Jaguari Mirim. Ele me chamava... ele estava falando comigo... e fui atendê-lo.

Pouco mais de 7 minutos descendo a mata avisei as águas. Sentei no barranco. Pensei, respirei e abri os olhos novamente e o que vira foi uma imagem triste e inigualável. Já do outro lado avistei uma bomba de água, sugando as entranhas do rio para alimentar uma pequena plantação de sustento próprio. As pedras que antigamente usávamos para fazer nosso piquenique aos sábados quando subíamos o rio desde o começo não existiam mais. A barragem natural do rio era estampada apenas por um calhamaço de bambus que faziam uma sombra... algumas árvores, algumas vegetações... tudo muito sem sal, tudo muito triste, escuro e vazio. A foto, um pouco embaçada que consegui tirar de uma das veias do coração do Rio ainda demonstra sua claridade, sua calmaria e suas origens. Ainda demonstra o que restou da conseqüência humana. Mas também percebi que não era somente águas que desciam para o centro da cidade... eram lágrimas do primeiro sentido que desviavam seu curso natural para um apelo, para uma súplica e para um apelo final: preservação, retribuição, concientização. Um pouco mais de zoom na água... um pouco mais... e restou somente um preto, um manchado azulado e uma tonalidade que era justamente isso: o reflexo das águas, a penúria da floresta triste e o contraste das pequenas árvores da região que me olhavam, me tocavam e disseram para mim: "- Fique, mas fique para sempre!"

Vou sempre sentir saudade daqueles velhos tempos. Sempre! Não existe uma razão para arrancar isso de mim. Aliás, o primeiro sentido abriu meus olhos justamente para isso para o valor do antes e o reflexo no agora, no que devo fazer ou não de minha vida ao ponto de querer o inigualável e esperar o casual. Caminhando na Rua Romeu Nhola onde antigamente andava com o meu pequeno patinete motorizado, vi a ferrugem de meu passado indo embora com o tempo, como a natureza no decurso natural da velhice já cravada em meu coração. Vi subindo um pequeno sorveteiro caminhando, apertando a sua buzina, descendo a ladeira enquanto aquele rio que sempre me marcou estava em minhas costas. No meio da rua parei. Avistei o sorveteiro. Vi a floresta no fundo ao seu encontro. Fechei meus olhos. Apertei o botão de minha máquina e disse para meu primeiro sentido: “- Acalme-se! Você não está sozinho. Nunca esteve, pois ainda existem seres bons aqui na terra. Ainda existem pessoas que se importam e vão ao seu encontro. Ainda existe a sensibilidade do saber e a vontade de mudar. A solidão abre outras portas. Abre os olhos do sentido e faz perceber justamente isso: que o seu coração é a sua percepção principal. Que tu és o que tem que ser naquele exato momento para um único fim. Que o objetivo principal é a percepção, ao tempo de cada um, de que podemos sim ver o invisível, sentir o intocável, amar o mínimo, contentar com pouco e encontrar o seu sentido através da sua própria intuição, bússola própria dos seres humanos que caminham para a evolução. Você não está só... você nunca esteve só... nunca...”

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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sinta...

Dia 10.10.2008. Descobri que sou nômade! Descobri isso justo hoje quando estava somente eu, minha moto, meus pensamentos e uma longa estrada em minha frente, tapando meus olhos enquanto que o vento roçava e se debatia ao longo de meu corpo. A rotina que geralmente levamos no dia-a-dia é sempre justificada nestes momentos de superação pessoal, de pensamento livre e longe de qualquer problema pessoal, profissional e familiar. Quando simplesmente desligamos de tudo e de todos, achamos em nosso sub-consciente a razão de nossa vida, a razão dos “porquês” e dos “querer” que salpicamos em nossa lista de desejos todos os dias. Sabemos que geralmente muitos desses palpites e degustações são meramente momentâneas, e somente alguns se sobressaem: aqueles que nos marcam, que nos tingem, que nos ferem e arrancam um pedaço de nossos corações.

Sou nômade em tudo! Jesus! Nunca parei em somente um lugar e fiquei. Nunca em minha vida quis isso para mim e assim não será diferente para o depois, para o futuro. Assim espero! Assim enxerguei quando abri livros, quando escutei músicas, quando olhei nos olhos de meus queridos amigos e familiares, quando li notícias, quando fechei meus olhos e senti a água quente de um belo banho escorrer sobre meu corpo. São tantas as emoções que não consegui ficar parado, simplesmente explodi, de dentro para fora. Literalmente! E isso foi ótimo: a abertura da mente para novos processos, para novos conhecimentos sempre é bom, sempre tem um novo sabor uma nova cor, um cheiro novo no ar. Um suspense. O descobrimento é algo insaciável, é uma sede para a seca, é uma chuva para o sertão.

E para que ficar parado neste mundo lindo que vivemos? Para que ser mais um? Tanta coisa para descobrir, tantos lugares ainda não visitados! É impossível dizer que já testou tudo, mesmo sabendo que o tudo que conhece é aquilo que seus pequenos olhos já viram! É totalmente intangível, não plausível o argumento do desanimo, da descrença e da má vontade, invólucros de pessoas cujo pensamento é limitado, curto e febril. Diga para si mesmo que pode que deve e que quer, e a semente será plantada! Diga que quer mudar! Diga que quer o diferente! Diga para si o que realmente precisa. Reze e tenha muita, mas muita fé em suas crenças. Muitos a perderam, muitos são ateus em continuar acreditando em descrenças e em pensamentos perdidos e imaginações que estamos sós. Sinta seu coração! Sinta ele batendo, forte, pulsando por um motivo! Seja guiado pela sua intuição, pois ela nada mais é que seu espírito conversando com sua mente, caminhando para um único fim: sua felicidade.

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A Rainha...

Dia 09.10.2008: Fim de tarde e lá fui para Águas da Prata, Estado de São Paulo. A cidade fica a 8 km de São João da Boa Vista, e literalmente no "pé" da serra da Mantiqueira. Atualmente, com mais ou menos 7.500 cidadãos, a "Rainha das Águas" como é conhecida é uma cidade tranqüila, pacata, relaxante e possui uma peculiaridade: suas águas.



O "Morro do Cristo" está em um dos cumes da cidade. De fácil localização e de uma vista peculiar, o Cristo é visto em quase todos os pontos da cidade e mesmo de São João da Boa Vista em determinados pontos como a Avenida Durval Nicolau (mantiqueira) e bairros adjacentes. Com uma ampla área, o local possui um estacionamento plano, relaxante e especial. As escadarias que levam ao Cristo da cidade estão rodeados por plantas nativas, árvores e frutíferas. Lá de cima avista-se a cidade por um todo, com detalhes para a Igreja Matriz, a estrada vicinal para o Pico do Gavião/Andradas (Caminho da Fé), o Balneário o Bosque Municipal principal, o antigo teleférico e praça central.

Para quem quer relaxar, avistar um belo pôr-do-sol, e pensar na vida, eis a grande dica! Em todos os horários, a sensação é a mesma: paz e harmonia com a natureza, dividindo de um lado a civilização, e de outro, as matas e florestas tropicas da serra da mantiqueira.

Site da cidade? Clique aqui.

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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Senhor e a política...

Dia 08.10.2008: Noite. Abram os olhos, jovens pensantes! Sentai! Escutai-vos ao menos as vozes dos sábios, poucos e únicos existentes senhores desta terra. Senhores feudais que cultivavam suas terras, seus pensamentos e sua história ao longo do tempo e que, agora, estão diante de ti! Dignificai-vos com a beleza da velhice, da experiência e da plenitude serena dos idosos, e prestem atenção aos seus pensamentos, pois estes os pensamentos colhidos, são os frutos do passado!

“- Quem és tu, detentor de tanta sabedoria? Que tu pensa que és?” indagou um pequeno jovem ao senhor, sentado na praça lendo o seu diário, como um dia ordinário. “- Eu, meu filho... eu sou o acaso. Eu sou o nada que para você pode ser muito. Eu, jovem, sou aquilo que tu não és, mas deseja ser. Sou seu pensamento. Sou seu futuro. Sou seu agora!” respondeu o Senhor.

Indignado com a resposta, o pequeno ambulante, replicou: “- Imagine quanta audácia estes seus dizeres, estas suas palavras! Títulos e mais títulos possuo! Cargo e função respeitada! Estudei e estudo nas melhores e mais dignas escolas de aprendizado! Sou culto! Leio, fuço! Cutuco e acho! Tento! Não fico parado no tempo à procura de memórias e pensamentos enterrados ao mero ao desdém, ao acaso! Sou o instinto, sou o pensamento voador! Sou a globalização, sugando os fracos e os desmerecidos. Sou a curiosidade que abre os olhos dos vincendos! Eu sou! Levante e faça algo de útil! Somos o que somos hoje pelo que tu foi ontem! Pelas decisões tomadas em seu passado! Não reconhece nem ao menos, isto?”

E escutando àquelas esdrúxulas palavras que simplesmente eram “guspidas” pela boca e língua úmidas daquele jovem insensato e hipócrita, o velho Senhor pois a pensar no que tinha vivido, no que era e no que é o mundo hoje. Viveu e sentiu que aqui no Brasil existiram vários fatores históricos e coloniais, encravados no berço de nossa civilização, que é diretamente influenciado na cultura brasileira atual. Percebeu que o povo brasileiro é hoje justamente pela não mudança daqueles velhos fatores. Percebeu a ociosidade, as atitudes não voltadas para a revolução, nem para a anarquia, mas sim ao comodismo, a mesmice e ao conformismo próprio e absoluto. Percebeu ainda que não havia mais coligações e interesses mútuos, antes preservados como fatores essenciais para o crescimento cultural da nação. Percebeu que aqueles partidos políticos, que governadores, presidentes, prefeitos, governadores, senadores, todos eleitos pelo próprio povo e antes diretamente impugnados por eles, não existia mais. Eram somente fantoches, marionetes e bonecos que elegemos tão somente para cumprir um cargo, uma função e uma promessa de um sonho dito de boca para fora.

Percebeu que a indignação daquele jovem, daquelas histórias e das palavras que acabou de escutar, fossem a concretização daquela velha situação arcaica, enraizada naqueles tempos de União de Estudantes Brasileiros (UNE) das caminhadas, das passeatas, dos cartazes, da reivindicação e da mudança, voltado novamente tudo para um único interesse: o bem geral da nação. Postado em sua frente, como uma múmia apena com os olhos arregalados e esperando uma resposta, o jovem ainda não percebeu que eu, senhor de idade, já tinha vivido muito e sofrido muito por sonhos e promessas não realizadas. Esqueceu que aqueles conhecimentos, aqueles títulos, aquelas virtudes que ele mereceu por obrigação e capacidade própria, eu tinha vivido, em carne e osso! Ele esqueceu que naquela época, tínhamos força, uma força de reação pura, de criação e criatividade, e não somente palavras! Tínhamos, meu colega e eu, ações! Tínhamos o fazer! E fizemos acontecer... e realizamos mudanças... e melhoramos! De certo que não o suficiente, pois este suficiente exigido nunca existiu e nunca existirá! A política é um romance, disfarçado de sonhos, ideais, amor, corrupção e interesses.

Aquele jovem não sabia disso... ainda não percebeu o que era política... ainda não sabia do que era capaz... ninguém tinha aberto seus olhos ao menos para dizer o quão forte és para dizer bobagens assim àquele senhor.

Mas este mesmo senhor, sentado, com um ar sereno, respirando calmamente e apertando com o dedo indicador e polegar de cada mão o seu pequeno jornal aberto, fitou-o e explicou: “- Sou o que sou hoje porque vivi. O que vê, filho, não é o que sente, nem ao menos o que pensa que sou. Sinto uma forte ingratidão, um forte desanimo em meu coração hoje por saber como nossa cultura caminhou nestas últimas décadas: desgraças, sujeiras, falsidades, desmistificações de incrédulos, e perpétua mágoa no depósito de confiança nas pessoas que não conheço. Agora eu digo, ainda, meu filho: O que diabos quer de mim? Que saia correndo, gritando e matando os pensamentos das pessoas que ainda estão cegas como você para acordarem ao mundo atual? Que berre em seus ouvidos tapados a verdade falsa estampada nos cargos políticos? Isso é nato! É fato! Todos sabem! Eu sei, você sabe, aquele barbeiro sabe, aquele pipoqueiro sabe! Mas veja meu filho... olhe ao seu redor... o que cada um tem feito para mudar isto? O que cada um tem feito para mudar a real situação do desanimo? Vou te contar, bem baixinho em seu ouvido, mas preste atenção, pois falo somente uma vez: todos estão quietos; todos assistem suas televisões mudas todos os dias e assistem com seus olhos cegos as mesmas bobagens; todos são tão auto-inteligentes, auto-sustentáveis que se conformam em pagar altas taxas, altos juros, altos desempregos e baixa qualidade de vida em todos os sentidos, e pergunto, meu filho: porque? Por causa do comodismo, do único sentimento que cada um carrega dentro de seu mísero coração não é capaz de mudar, que não é capaz de fazer acontecer, que não tem forças, que não pode...”

Fechou seu jornal, dobrou ao meio, colocou em seu colo e finalizou: “- O mundo esta repleto de pessimismo e não mais de otimismo. Pessoas acordam revoltadas, estressadas, indignadas pelas notícias horríveis estampadas nos noticiários tratadas de modo casual, simples e direto. Pessoas não sabem suas origens bem como não sabem como podem mudar e o que precisa ser mudado. Pessoas precisam colocar em mente que, mudando a si, mudam-se os outros. Não é com esta atitude que mudará nossa nação, meu filho. Você é apenas uma ponta de um pequeno fio de tribulações.”

Arrumou seu jaleco, enrolou seu jornal, levantou olhou para aquele ser que estava sentado ao seu lado. O pequeno jovem, estagnado e cabisbaixo com seus pequenos olhos encharcados, encolhidos, disse: “- Me desculpe”. E o Senhor disse: “- Desculpe a si mesmo. Levante, corra e mude o que não mudamos. Meu desanimo é justamente esse: ver que o que fizemos não foi suficiente para mudar esta sua geração. É saber que não liga nem um pouco para isso. É saber que existem si, exceções, mas que são tão poucas que ficam marginalizadas pelo conhecimento, e tratadas como descaso pelos amigos e faixas de mesma idade. Faça diferente meu filho! Seja diferente e mostre o que é capaz. Deste jeito, apenas assim, abrirá meus pequenos olhos e me fará ver o não visto: mudanças...”

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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O mamão...

Dia 06.10.2008: Fim de tarde. Com um grito imenso, acabei acordando neste último sábado! Um grito que surgia de minha cabeça como um “fade”, uma voz crescente, chegando aos poucos em meus tímpanos, despertando-me. Era uma voz suave. Era uma brisa. Era um vento. Aos poucos levantei. Sentei na beira de minha cama. Olhei aos lados. Espreguicei-me. Cambaleando fui para a cozinha. Um mamão olhou para mim. Estava cortado, em pedaços... Sementes esparramadas... sementes, apenas sementes. Olhei a hora. Meio dia. Já era tarde. Minha manhã passou rapidamente e por um motivo justo: caminhamos, eu e Marquinhos, em plena sexta feira as 23:30 da noite na Serra da Paulista. Sim! Pegamos nossas bicicletas e subimos os 18 quilômetros de serra da paulista, rumo a São Roque da Fartura. Fantástico! Emocionante! Um caminho solitário e um momento de muita, mas muita privacidade. Fomos tachados de loucos, insanos, por amigos que encontramos ao longo da estrada. “– Vocês estão animados hum?” Escutamos de um grupo de amigos, parados com seus carros na serra do Deus me Livre. “- Loucos” pensaram eles! “- Totalmente retardados!”, imaginaram.

Eram pouco mais de 1:15 quando chegamos em São Roque da Fartura: nenhuma alma. Nenhum bar. Nem o único posto, aberto. Luzes... postes, muitos postes nos protegendo, com uma cor de ferrugem no ar... Apenas ruas desertas, geladas, ríspidas e nosso pensamento no ar. Exercício sim, mas descansamos nosso psicológico. Apenas um farolete nos acompanhou, alimentado por 3 pilhas AAA que iluminava nosso pequeno caminho. A noite estava maravilhosa! Linda! Nuvens de estrelas no céu. Nem frio, nem calor. Somente perfeita.

Uma e quinze e avistamos, após uma bela subida, a Cascata, bem na divisa do Estado de São Paulo com Minas Gerais. Paramos para colocar nossa proteção, uma capa, para descer a serra e proteger do frio. Sete quilômetros de descida, mais cinco até Águas da Prata. Marquinhos definitivamente colocou um belo pedaço de papelão no peito. Descemos. Poucos carros e pouco movimento. Apenas vimos o contorno da bela serra ao nosso redor. As zebras da estrada estavam fracas, marcadas pelo silêncio e a música dos ventos que passavam por nossas cabeças. Águas da Prata às 2:20 e São João as 2:40. No total, 61 km em 3:10 de pedal. Sim: somos loucos! E repeti para mim mesmo, após um belo banho: “- Ainda bem!”

Claro! Bem merecido o acordar ao meio dia! E a tarde foi fantástica! Coqueiro Torto com o pessoal do Adventure Beer (vejam as fotos clicando aqui). Mais trinta e três quilômetros andados na serra da Fonte Platina, um pequeno bairro cercado por montanhas de Águas da Prata. A cachoeira definitivamente sugou as energias ruins que estavam impregnadas em meu corpo. Estava precisando daquilo, daquela paz, da amizade, da natureza, da cachoeira, de tudo...

Às vezes me pergunto se existe a possibilidade da razão humana explicar os sentidos que passamos em nossa vida. Tentar expressar através de letras e frases aquilo que vivenciamos deixando uma marca para as pessoas queridas que estão ao nosso redor. Tentar explicar o que realmente estamos vendo, o que queremos, o que passamos e compartilhamos. E, além de tudo isso, ter a razão concreta de que valeu a pena fazer o que fizemos, fazemos e ainda vamos fazer! Aliás, de que adianta a empolgação ser contada por um, se não vivenciamos aquilo? Quantas e quantas vezes contamos com empolgação necessária de nossos corações e isto ainda não foi necessário? O que temos que realmente fazer por nós para provarmos que somos capazes de sermos aquilo que sempre sonhamos? Será que você está fazendo hoje o que realmente queria?

O mamão olhou para mim novamente... cortei mais uma rodela, mais um naco... sentei no sofá, olhei o abajur. Ao meio dia, ainda estava aceso... Onde diabos estavam todos? Onde? Olhei para os retratos... e descobri: descobri que não é necessário nesta vida o teste de provas! Nada é justificado por marcações, por pontos, por dogmas, por regras. A sociedade nunca se importou com seus sonhos, porque para ela o capitalismo é de suma importância. O dinheiro, as matérias as compras, os bens. Para a globalização não existe outro fator senão este: evolução patrimonial. Para nós, seres humanos trata-se de uma regra distinta: de evolução pessoal, espiritual, psíquica e de caráter.

Moedas não compram isso. Dinheiro e bens não ajudam neste tipo de crescimento pois vão contra a um princípio fundamental do ser humano: o desapego. Somente damos real importância naquilo que realmente nos faz diferença quando justamente perdemos! Ironias a parte, o aprendizado é assim: somente se desfruta o doce depois de provar o amargo. Poderia ser diferente, mas a regra da humanidade estabeleceu-se, cravou-se influenciada em nossa história em nossos próprios dilemas... únicos e pessoais.

Minha cadeira e eu. Minha forma de pensamento e eu. Regras? Dogmas? Pensamentos? Sociedade? Meu mamão... as sementes... olhei para a última colherada, fechei meus olhos... memórias do pedal noturno... memórias da cachoeira... memórias... Olhei para mim, levantei do sofá e disse: “- Ainda bem que não sou mais um. Ainda bem que sou louco!”

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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Um gigante pequeno...

Dia 03.10.2008: O gigante vivia em um mundo totalmente diferente do nosso: tudo era proporcional ao seu tamanho: ruas grandes, carros imensos, casas enormes... tudo que estava ao seu redor era, por si só, um item que lhe proporcionava sua satisfação pessoal, e nada mais! Tinha de tudo e conseguia com o seu tamanho: as melhores façanhas, os melhores desejos, as melhores posições profissionais. Ajudava a enxergar tudo e a todos ao mesmo tempo. Adquiriu confiança. Foi para cima. Teve sucesso! Mas, nunca se sentia satisfeito. Sempre buscava mais e mais de si. Limites? Palavra inexistente em seu vocabulário. De tanto olhar para frente, para o futuro, para o seu ego, para seu eu interior, para seu mísero umbigo, acabou por esquecer de olhar no que lhe sustentava: a fé. As vezes, para ele, a fé era justificada pelas meras conseqüências de suas próprias ações, de suas conquistas, de suas persistências materiais. Carregava dentro de si um ar pesado de mediocridade que, confesso, lhe deixava no high society de sua comunidade. E isso lhe satisfazia. E isso lhe consumia.

Na mesma proporção, após muitas conquistas, após muitos desejos, sentiu-se ferido pela ausência, pelo vazio, quando olhou em sua terna mente tudo o que tinha conseguido e plantado. Não possuía ninguém. Absolutamente nenhuma alma. Estava solitário em um quarto gigante, esparramado em sua cama suas conquistas, porém nenhuma justifica o seu “porque”, a sua malícia, o seu desejo e vontade de ter conquistado aquilo que realmente queria na vida. Sentia-se perdido. Sentia-se atordoado. Lágrimas imensas saíram de seus olhos amenos, derrubados pelo seu egocentrismo.

Decidiu então, medido pela sua incapacidade moral e psíquica de conseguir reverter algo neste exato momento de sua vida, mudar de planos, mudar de contexto. Decidiu olhar para baixo, se reerguer pelo justo, pelo até então não visto. Saiu, caminhou, pensou. Em sua frente, olhou uma pequena mangueira, plantada, do tamanho de seus pés. Viu que nela estavam pendurados pequenos cachos, pequenas frutas, ainda verdes. Não acreditou. Desmoronou-se. Piscou.... fechou os olhos, e tornou a abri-los novamente, totalmente embaçados pelas lágrimas derramadas... agachou...

Estendeu seus finos compridos dedos em uma das folhas. Olhou novamente. Em um de seus bolsos encontrava uma lupa. Fitou-a. Segurou firme com a outra mão e observou a folha. Tão pequena. Tão simples. Tão ela. Não pode acreditar nas ranhuras, nos vasos que a cortava e que serviam de caminho para o transporte de energia, de água, de vida. Seu mundo gigante se transformou.

O sol batia em seus olhos, já eram 5:47 da tarde. Mais um dia percorreu seus braços. Percebeu que sua origem era aquilo: o minúsculo. Percebeu que de sua vida, nada adiantara as conquistas materiais, fúteis e enganosas, que trouxeram prazer somente por um curto espaço de tempo. Lembrou de sua família, dos abraços, das risadas. Amigos. Pessoas que complementaram por um longo tempo de sua vida e agora estavam perdidas no vazio terreno de seu esquecimento. Onde elas estariam? Onde poderia encontrá-las para abraçá-las? Onde? Pensou para si: eu sou o mínimo. Eu sou isso, e nada mais!

Pegou sua luva, guardou em seu bolso. Entrou no quarto e de subido, enrolou seus bens em uma enorme roupa de cama. Deu um nó. Fechou as portas. Desapareceu...

Cansei de ser gigante... cansei de ser grande... cansei... quero o inesperado! Quero a novidade! Quero ser torturado pelo novo! Quero! Desejo! Sonho! E preciso disso... preciso, agora...

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Em Libra, o ar...

Dia 02.10.2008. Noite: dia interessante pela manhã chuvosa. Parecia que um imã estava me puxando para debaixo das cobertas, implorando para que não saísse de lá. Quente... confortável.. ameno... um silêncio. E gotas caíam lá fora, calmamente. Como luvas de seda, como penas ao vento... como um perfume sereno no ar. Fechei meus olhos... me atrasei para o trabalho. A desculpa? Não! Não teve desculpas! Somente uma justificativa: preguiça, pura e simples preguiça e cansaço do trabalho semanal, do stress diário e da rotina. Lá fora, tesourinhas pairavam no ar, arrumando suas asas, enquanto que não muito distante dali, um lindo bem-te-vi enchia seus pulmões para cantoria enquanto seu amigo esperava, calmamente ao seu lado.


A noite, após uma busca de um site interessante sobre as fases lunares, descobri que o céu estava sorrindo! Um vento gelado, reflexo puro da chuva de manhã e pelo dia nublado começava a pairar no ar, me convidando para tirar uma foto de seu sorriso, como se fosse um olhar úmido, parado e sério... com 3,6 dias de idade, a Lua está Libra, a 63,21 raios terrestres com aparência de fino crescente vespertino. O resultado: o amarelado e os detalhes.

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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

As memórias RAM's...

Dia 01.10.2008: noite. Após um dia cansativo e trabalhoso e na expectativa de ter um pouco de diversão à noite depois das aulas da faculdade, senti um cheiro estranho ao ligar o meu computador. Depois daqueles dois “bips” padrões na inicialização de um computador desktop, a tela inicial do Windows Vista simplesmente não carregou. A bendita tela azul! Justo às 23:37 da noite, e a bendita tela azul apareceu... para os usuários assíduos de computador, sabem bem o que isto significa...

O sangue ferveu, subiu como um jato em minha cabeça e perguntei para Deus: - Porque teria que acontecer isso justo agora, com tantas tarefas a realizar? Por quê?

E Deus respondeu de forma indireta e simples, quando sentei em minha cadeira azul, desparafusei a tampa principal lateral, e vi que a fumaça que saia era a própria culpa que tinha plantado a um tempo atrás, quando instalei um componente (cooler) de forma totalmente imprudente e imperito em meu computador e, os fios que sobraram foram os culpados do curto circuito... Deus me deu um tapa na cara! Definitivamente! Colocou minha arrogância nos lugares de origem: em minha consciência. - Guarda-te tuas palavras! Ele me disse. – Ouça e veja o que tinha feito! Você se sujeita apenas àquilo que você fez, e nada mais! Suas culpas e seus erros são os erros que plantastes! Aprenda!

Todos os dias nos vemos em situações assim: colhendo os frutos que nós mesmos plantamos e, nem ao menos, tentamos achar o porque desta razão, o porque de estar acontecendo aquilo naquele exato momento. Lei da ação e reação; lei de Murphy, lei da Atração! Leis! Ordens e mandamos que somente são definitivamente aceitos por nós quando esses tipos de fatores acontecem! E não por mero acaso, e não por mera liberalidade ou coincidência. Acontecem porque tinham que acontecer, porque nós plantamos isso. Nós, seres humanos repletos de defeitos realizamos cada ato, cada palavra e cada gesto que muda não somente aquele instante, mas um todo sempre. Mesmo com o pensamento somos capazes de mudar tudo... Mera banalidade... Será? Tente você mesmo...

Calado, calmo e aliviado deitei e dormi, olhando para mim mesmo, com o crescimento aprendido e com as memórias ram’s, queimadas, me fitando com um ar de mistério...

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Acorda-te...

Dia 30.09.2008: Noite. Acorda-te! Tua alma renova! Vamos, levante! Seu corpo está ganhando novas asas, novas sabedorias e novas experiências! Não perca tempo! Vamos! Somente abra os olhos e veja a beleza deste dia, a energia que está ao seu redor e em tudo o que criou e que ainda está por sentir. É o seu aniversário caro Célio, e dizem que neste dia, nosso anjo da guarda nos acompanha em cada passo, cada um caminhar de reflexão e de felicidade.

Colha! Arrecada agora os frutos de sua vivência e olhe para trás somente para resgatar os momentos bons e ver os amigos e a família que você possui e construiu. Mergulhe na humildade e seja sempre você mesmo que cativa aqueles corações meigos, simples e companheiros que fazem parte de sua vida!

Abraçe! Abrace muito forte, mas que seja um abraço que complementa, que sinta realmente o carinho da pessoa e o calor que cada um transmite. É difícil nestes momentos negar o que cada um sentimos pelos amigos. O abraço é o mesmo que um olhar. Formas afetivas distintas mas que nos coloca em teste justamente a confiança que temos um pelo outro! Desfrute cada momento, cada segundo...

Sinta em seu coração a sua felicidade e o seu crescimento, a partir dos momentos que viveu até então! Não é difícil plantar nestes dias, como nos outros comuns, uma semente de esperança e fazer desta semente um sonho, um desejo para ser colhido lá na frente, após passos serenos de paciência, banhados pela dose de trabalho, perseverança e amor.

Justifique quem tu és! Faça isso diariamente, não pelos outros, mas por você mesmo! Aniversários são únicos e por mais que as pessoas nos abram os olhos para vermos o quão especial somos, somente você pode abrir o seu e enchergar em si suas qualidades, suas virtudes! Que o seu anjo tenha realizado este trabalho perfeitamente não somente neste dia, mas em todos da sua vida, pois abençoados aqueles que sabem e sintam justamente isso: a compaixão.

Cante, grite e pule! Não pare no tempo! Não seja um poste em uma rua deserta, mas seja como o vento que muda de tempos em tempos em todas as suas formas! Busque sempre o diferente, o extraordinário, a exceção! Aprenda e nunca se arrependa pelas decisões tomadas: se foram assim feitas e decididas é por um motivo, por uma razão, por um requerimento superior.

Parabéns? Sim! Parabéns! Felicidades, saúde e paz, pois além de tudo isso, você merece a tranquilidade em seu coração!

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Galhos x fios...

Dia 28.09.2008. Tarde: A brisa leve, como ventos e bolhas de calor que sobem no dia-a-dia. O fim de domingo sempre é marcado por sentimentos estranhos... um ar de mistério e de impaciência em nós para o começo de mais uma semana, de mais uma segunda-feira... É como se no embaço, na neblina, estivesse ainda a luz do dia para fazermos algo de útil. É como duas pequenas maritacas sobrevivendo à industrialização e ao pó da mediocridade humana. Mas espere! Um momento de sua atenção! Somente um momento! Pois a exteriorização de algo importante ainda está por vir; algo de surpreendente acontece em nossa região!

Os fios de eletricidade estão definitivamente tomando conta dos velhos e naturais galhos para nossas aves! Onde poderíamos encontrar aves senão nas copas das árvores, em seu ambiente natural? Onde mais poderíamos sentir o ar fresco da manhã, daquela brisa leve que paira na atmosfera dizendo que ainda existe uma razão e um motivo para cuidarmos de nós mesmos? Onde podemos ainda escutar o canto de pássaros em vez do zumbido de transformadores, de timers e de geradores de energia elétrica? Onde?

Que saudade dos tempos em que a Mantiqueira ainda não tinha asfalto: dos tempos que caminhávamos nas trilhas naturais em que colhíamos todos os finais de semana frutas, laranjas, amoras diretamente dos pés em nossa querida e velha Avenida Durval Nicolau. Quem não se lembra da velha porteira? Quem nunca a pulou e seguiu os passos até o Bairro Alegre pelas trilhas e pela mina que cortava as “entre-montanhas”? Que saudade da estrada de terra!

No mínimo nos resta reparar! E reparar no sentido literal! Vamos concertar os defeitos que nós mesmos, seres humanos, criamos. Vamos re-criar o destruído! E não se trata apenas da ação, trata de uma questão história, religiosa, cultural e humana que habita em cada um de nós, desde um simples jogar de papel de bala ao chão, uma bituca de cigarro, um saco de plástico de supermercado, um chiclete... tantos, mas tantos fatores que podem fazer diferença! Se cada um sanjoanese jogar um papel de bala no chão, são 80.000 pedaços! 80.000 que os pequenos e ilustres garis vão recolher, fazendo o serviço limpo da sujeira que você mesmo plantou!

Aborrece-me e muito pessoas que pensam que o simples não ocasiona diferença. Atordoa-me o coração saber daqueles que não prezam pelo simples! Ignorantes... tão somente ignorantes! Antes fossem burros, que não sabem o que estão fazendo ou falando; mas pensar que sabe e fazer o oposto é ignorância, e isto, é pior!

Vamos aguar! Vamos regar a flor da esperança e as mudas como se fossem e deveriam ter sido, desde o começo: nossas crianças! Vamos prezar o sol, como se fosse nosso Deus! Vamos ser amigos, vamos ter muitas famílias cada vez mais confiáveis e definitivamente compartilhantes! Vamos prezar a árvore, no pé da montanha, sendo iluminada por nós. Vamos abrir os olhos e perceber que não estamos sozinhos, mas caminhando sempre na mesma direção: do crescimento.

As fotos foram tiradas com o grupo Adventure Beer, na Pedra Balão de São João da Boa Vista, Estado de São Paulo, um refúgio de beleza natural, paz e harmonia com Deus, a poucos quilometros da cidade, onde ainda é preservado um pouco da natureza da região. As plantas e as mudas também foram plantadas lá, pelos integrantes do grupo no dia da árvore.

Faça sua parte: preserve a natureza, sempre!

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