quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Faculdades Mediúnicas

"Leitura" | Clique para Galeria
"Há diversidade de dons espirituais, mas a ESPIRITUALIDADE é a mesma.
Há diversidade de ministérios, mas é o MESMO SENHOR que a todos administra.
Já diversidade de operações para o bem; todavia, é a MESMA LEI DE DEUS que tudo opera em todos.
A manifestação espiritual, porém, é distribuída a cada um para o que for útil.
Assim é que a um, pelo espírito, é dada a palavra da Sabedoria Divina e, a outro, pelo mesmo espírito, a palavra da ciência humana.
A outro é confiado o serviço da fé e a outro o dom de curar.
A outro é concedida a produção de fenômenos, a outro a profecia, a outro a faculdade de discernir os Espíritos, a outro a veracidade das línguas e ainda a outro a interpretação dessas mesmas línguas.
No entanto, o mesmo poder espiritual realiza todas essas coisas, repartindo os seus recursos particularmente a cada um, como julgue necessário.


Quem analise despreocupadamente o texto acima, decerto julgará estar lendo moderno autor espírita, definindo o problema da mediunidade; contudo, as afirmações que transcrevemos saíram do punho do apóstolo Paulo, há dezenove séculos, e acostam no capítulo doze de sua primeira carta aos coríntios.
Como é fácil de ver, a consonância entre o Espiritismo e o Cristianismo ressalta, perfeita, em cada estudo correto que se efetue, compreendendo-se na mensagem de Allan Kardec a chave de elucidações mais amplas dos ensinos de Jesus e dos seus continuadores.
Cada médium é mobilizado na obra do bem, conforme as possibilidades de que dispõe.
Esse orienta, outro esclarece; esse fala, outro escreve; esse ora, outro alivia.


Em mediunidade, portanto, não te dês à preocupação de admirar ou provocar admiração.
Procuremos, acima de tudo, em favor de nós mesmos, o privilégio de aprender e o lugar de servir."

Seara dos Médiuns, Chico Xavier (Emmanuel)
Título “Faculdades Mediúnicas”
Editora FEB, 19ª Edição, 2010, Página 201/203

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

União

"As Flores" | Clique para Galeria
Compadece-te a ajuda, a fim de que possas servir na união para o bem.
Não fosse a bondade do lavrador que ampara a semente seca, não receberias na mesa o conforto do pão.
Não fosse o trabalho do operário que assenta tijolo por tijolo, não disporias de segurança, no alicerce do próprio lar.
Isso acontece nos elementos mais simples.



Repara, porém, a atitude da vida para que ninguém falte à comunhão do progresso.
Não condena ela o paralítico porque não ande; dá cadeira de rodas.
Não malsina os olhos enfermos; brune lentes protetoras;
Não relega os mutilados á própria sorte; faz recursos mecânicos;
Não se revolta contra os ignorantes que lhe torcem as diretrizes; acende a luz da escola;
Não aniquila os loucos que lhe injuriam as leis; acolhe-os generosamente no regaço do hospício.



Imitando o sentimento da vida, sejamos, uns para os outros, quando preciso, a muleta e o remédio.
Olvidemos os defeitos do próximo, na certeza deque todos nos encontramos sob o malho das horas, na bigorna da experiência.
Tolerância é o cimento da união ideal.
E só a união faz a força.
Entretanto, há força e força.
Reúnem-se milhões de gotas e criam a fonte.
Congregam-se milhões de fagulhas e formam o incêndio.
Pensa um pouco e entenderás que é sempre muito fácil ajuntar os interesses da Terra e fazer a união para o bem da força, mas apenas entesourando as qualidades do Cristo na própria alma é que nos será possível, em verdade, fazxer a união para a força do bem.”


Seara dos Médiuns, Chico Xavier (Emmanuel)
Título “União”
Editora FEB, 19ª Edição, 2010, Página 193/195

Futuro

"A Jabuticaba" | Clique para galeria
Se pesquisas praticamente o futuro, contempla a faixa da terra que o abandono confiou à secura.
Se não lhe estendes braços amigos, podes perfeitamente vaticinar-lhe o amanhã, porque o amanhã, para todo solo relegado ao desleixo, será sempre desolação.
Mas se lhe buscas a água viva no próprio seio, removendo areia e detrito, ninguém consegue prever a excelência do oásis que se erguerá do deserto.
Em verdade, toda gente avalia, com segurança, o futuro do mal, quando o mal é conservado; entretanto, pessoa alguma conseguirá predizer toda a glória do bem, quando o bem aparece.



Transplantemos a imagem para o campo da vida.
Se cultivas a intolerância, não precisas perguntar à colheita de aversões que obterás fatalmente.
Se estimas o abuso, não precisas recorrer aos decifradores da sorte para conhecer o desequilíbrio a que te protejas.
Se foges ao dever que te cabe, não precisas inquirir adivinhadores para saber quanto doem as conseqüências da deserção.
Se contrais uma dívida, não precisas ouvir revelações de outro mundo para reconhecer a obrigação de pagar.



É possível que tenhas contigo largo acervo de problemas trazidos do passado, no que se refere a moléstias e tentações, compromissos e provas, entre dificuldades da vida e lutas da parentela, porque aquilo que é agora representa aquilo que tem sido justamente até hoje.

Não te percas, porém, a formular consultas quanto ao que possa haver nas telas do porvir, porquanto, se quiseres renovar-se no bem, alimentando o bem, todo o mal que te aflige será bem, amanhã."

Seara dos Médiuns, Chico Xavier (Emmanuel)
Título “Futuro”
Editora FEB, 19ª Edição, 2010, Página 233/235

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Lado Fraco

Delicadeza à Flor da Pele, do álbum "Amarílis". Clique a galeria completa.
"(...)
Viste, muitas vezes, os melhores amigos iludidos na boa-fé.
Muitos que se acreditavam resguardados pelo dinheiro caíram em miserabilidade pela exaltação da própria cobiça.
Outros, que se supunham inacessíveis à tentação, desceram para as furnas do vício, arrastados pela fraqueza do sentimento.
Grandes inteligências, categorizadas por infalíveis, rolaram na lama, por se haverem levantado em pedestais de orgulho.
Criaturas que consideravas como sendo poemas de beleza sublime desfiguraram-se à pressa, mostrando máscaras de agonia, pelo abuso do prazer.
Pregadores do heroísmo social e doméstico acabaram no suicídio, escorregando na vaidade.
Nobres tarefeiros do progresso pararam a máquina da própria ação, em meio do caminho, corroídos pelo desânimo.
Ninguém existe, no mundo, invulnerável ao erro.
TODOS NÓS, encarnados e desencarnados, em aprimoramento na Terra, somos sujeitos à ilusão, através dos pontos frágeis que apresentemos na construção dos próprios valores para a Vida Maior.
Em várias circunstâncias, enganamo-nos, todos, em matéria de posse, em problemas de família, em questões de influência, em convites do sexo, em apelos a honrarias ou em assuntos que se referem à preservação de nosso conforto...
Se surpreendes, assim, o companheiro em posição de queda, ajuda-o a reerguer-se para o trabalho digno, sem perda de tempo em comentários inúteis.
Se a natureza da falta de parece tão grave que te sentes inclinado à condenação dele, entra no mundo de ti mesmo e pede a Deus que te ilumine a alma.
E através da oração, a Bênção Divina te fará perceber onde guardas também contigo a brecha triste do lado fraco.

(Seara dos Médiuns, Chico Xavier, Emmanuel, Editora FEB, 19ª Edição, 2010, pags. 229/231)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Bons Espíritos

Perpétuo Socorro, do álbum "sunset". Clique para galeria.
"Quando em dificuldade, assinalas, contente, a mão que te oferta auxílio espontâneo.
Se sofres, adquires ânimo novo, perante alguém que te reanima.
Doente, sabes ser reconhecido a quem te socorre.
Em erro, apresentas-te renovado, diante daquele que te apóia o reajuste, sem recorrer à condenação.
Solitário, encontras a presença do amor no companheiro que te dirige a boa palavra.
Sabes que te enganas muitas vezes, apesar do teu devotamento à verdade, e que, em muitas circunstâncias, pareces abraçar a ingratidão e a agressividade, não obstante o propósito de honrar a justiça, e, por esse motivo, dignificas todos aqueles que te estendam bondade e compreensão.


Respeitas quem te não dá prejuízo.
Admiras quem não te fere as convicções.
Estimas a quem te ajuda sem perguntar.
Abençoas a quem não te cria problemas.
Agradeces a quem te aprecia a nobre intenção.
Em suma, recolhes reconforto e felicidade junto de todo aquele que te aceita como és, amparando-te as necessidades sem exigir-te certificados de perfeição e exames de consciência.


Pelo auxílio que recebes, conheces, perfeitamente, o auxílio que podes prestar.
Identificarás, assim, facilmente, a condição do amigo desencarnado.
Se ele deseja comunicar-te o bem a que aspira, em favor de si mesmo, não permitirá que faças ao próximo aquilo que não queres que te seja feito.
O bom Espírito, por isso, não é somente aquele que te faz bem, mas, acima de tudo, o que te ensina a fazer bem aos outros para que sejas igualmente um Espírito bom."

(Seara dos Médiuns, Chico Xavier, Emmanuel, Editora FEB, 19ª Edição, 2010, pags. 213/215)