Fraudulentas...

Dia 06.11.2008:

Calafrios e ventos gelados passaram sobre mim a pouco tempo, e eu senti cada pedaço deles... movendo ao redor de meu corpo, como se fossem uma pessoa me chamando... me avisando... sobre algo, sobre algum acontecimento... sobre alguma tarefa que iria acontecer ainda este dia.

Ainda não sei o porquê de sentir aquilo, justamente em um dia assim: ordinário, comum, simples. Simplesmente aconteceu! E aconteceu quando menos esperava, quando menos pedia e quando menos pensava nele.

O suspiro veio. Ele bateu e tirou de mim a única verdade que carregava dentro de meu coração: ou era capaz de ser ou simplesmente viveria na escuridão. Aquele calafrio me lembrou disso: das importâncias, das relevâncias e das atitudes que tomo diariamente, como se fossem escolhas diretas e indiretas, que movimentam a minha alma para algum caminho totalmente desconhecido.

Mas aquela mesma mão gelada e áspera, que assombrou um pequeno instante de minha vida me mostrou a lucidez, um clarão no meio de todos os meus pensamentos. De certo que na vida sempre traçamos metas e objetivos, para cada ponto específico de necessidade própria: a personalidade , o profissional, o sentimental, o familiar, o social o lazer e as amizades. Sim, as amizades que andam e caminham ao nosso lado simplesmente são fatores totalmente preponderantes e dignos de muita especialidade na influência de cada um de nós.

De fato, pergunto: “- O que é ser amigo para você?”

Porque que esta nuvem fria e gélida apareceu para mim simplesmente do nada, sem eu pedir e me aguçou justamente isso, justamente este tema, da amizade? Houve sim um motivo! Houve sim uma razão! De fato, como podemos distinguir quem são os verdadeiros amigos que temos hoje daqueles que nunca conhecemos, ou, conhecemos à pouco e já consideramos; ou ainda conhecemos a muito e caracterizamos como colegas; ou vemos alguém que não consideramos mas o oposto não se confirma. Como saberemos distinguir tudo isso? Invoco as forças celestiais, os anjos, arcanjos e espíritos bons que rondam diariamente nossa alma para esta resposta, porque se descobrirmos isso, saberemos unicamente em quem poderemos confiar, em quem poderemos depositar a nossa fé, o nosso tempo, a nossa crença e nossa plenitude de querermos sentirmos sempre mais e mais completos, aconchegados nas palavras sérias de um compatriota que está ali do seu lado justamente por um motivo: querer ver a sua felicidade!

E isto me invoca vários outros fatores: respeito, carinho, benevolência, compaixão! Acho justo termos milhões de colegas, de companheiros, mas acho mais justo ainda termos poucos e seletos amigos, que realmente se preocupam com você, que digam que gostam realmente de você não por uma troca, por uma matemática pura e simples de 2 + 2, mas que sinta isso no olhar da pessoa e veja que ela faz por compaixão! Significado mais simples de compaixão é justamente isso: saber dar, sentir realizado em dar a necessidade a outrem e, ao mesmo tempo, ser feliz em ver a felicidade do outro sem troca alguma!

E sempre me pego perguntando com paradigmas da vida porque o ser humano não é capaz de ser assim! Claro que não estou tratando de uma forma genérica e banal à todos. Sei sim que existem exceções! Graças e ainda bem! Mas hoje sinto que há um mundo de inversões de valores, de interesses próprios, de egocentrismo puro e nato, de inveja e ciúmes alheio. Sinto isso como se fosse a figura de uma amizade passageira e simples, que nos sugam das melhores partes mas nos abraçam com o braço esquerdo da inimizade e depositam, ou tentam depositar de uma forma frustrada, todo o medo, todo o ódio e toda a inveja. E tudo justamente por saber que você está, imagine o que? Feliz! Sim... isso mesmo! Feliz!

- Socorro! Retiraram o direito de sermos felizes!

Eu disse: “- Socorro!”

Porque, raios, isso acontece? Porque existe essa desvalorização própria do ser humano que pensa assim, que gosta de ver o oposto? Porque não vive do lado da luz, mas vive no lado obscuro, sujo e impróprio? Este ser para mim é aquele que enxerga a luz, que vê diariamente a fé na sua frente, mas fica ali... sentado... estático... paralítico nas suas imperfeições e se magoando por ter sido e nascido assim! É o que agradece de ser assim por ser um miserável, por ser um infeliz e uma desgraça pela sociedade humana! E o pior de tudo: vê e sente isso em si próprio, olha e enxerga a luz, caminha no lado de boas pessoas, SABE e ACREDITA que elas existem e mesmo assim realiza o retrocesso, o inverso, o oposto!

“- FRAUDE!” Grito alto e claro para todas as pessoas que sirvam o capuz junto com o socorro ali de cima:

“-F-R-A-U-D-U-L-E-N-T-A-S!” Fingidoras do bem! Escavem para si o seu próprio túmulo da tristeza, e deixem as oportunidades boas, as amizades excelentes passarem nas suas vidas como se fosse tão somente apenas mais “uma” página simples de um livro, “mais” um fato, “mais” uma música que acabou de escutar, sem ser devidamente lido, presenciado e escutado.

E remeto naquelas tantas e tantas palavras: Porque não mudar? Porque não tentar? E digo no sentido deste texto do “tentar”, do “mudar” a si no acreditar; no saber que existem sim pessoas boas, de almas puras que desejam o bem e a felicidade de outrem. Que deva acreditar que existe a possibilidade do bem, da inversão para a evolução. Que a coincidência não existe, mas foi estampada em nossa frente para nos guiar, para fazermos crescer, para percebermos que somos capazes de sermos diferentes dos outros, para sentirmos especiais para alguém, para a família e para o bem próprio.
E que graça tem de sermos apenas mais um?

Finalizo dizendo que a vida é vivida de momentos sim! Plantados a muitos e muitos séculos antes de sua própria existência. Que se há o sofrimento, este existe por uma razão própria e simples: o crescimento. Mas que este crescimento, esta dor, este peso não seja libertado para os outros de forma negativa, mas sempre construtiva para o bem e para a satisfação pessoal.

Sendo você feliz, conquistando sua felicidade de modo árduo e cru, qual o direito que tens de tirá-lo de alguém?

Dica: veja a galeria de imagens, no topo da página do lado direito, título "Flickr - Minha galeria de fotos", clicando nos respectivos links de seu gosto.