Neste último final de semana, entre os dias 21 e 22 aconteceu na Academia da Força Aérea de Pirassununga, o Triathlon anual da cidade, em ambas as categorias short (curto) e long (completo). O percurso foi definitivamente marcante pelas paisagens, misturadas pela natureza com as grandes construções militares dando um certo ar de “guerra” nos bastidores da competição.
O interessante da prova de Pirassununga é de sempre avistar por aquelas longas retas e planícies a magnitude do lugar. Além de testar eternamente a nossa paciência, percebemos nas olhadelas do ciclismo que o que realmente nos rodeava era a paz, a sombra e o vento que acariciava e regava nossos corações com mais força, mais impulsão e mais energia para superar os longos caminhos pela frente. Entendemos, por fim, que o encontro de si estava ali, bem em frente aos nossos olhos, parado, estagnado e estampado nas nossas faces de uma maneira única que tão somente os participantes sentiram.

O esporte que praticamos é uma cápsula tão fechada, tão pessoal e tão singular que pelo simples fato de estarmos concentrados acabamos por esquecer dos problemas corriqueiros, e nossos olhos acostumados com a monotonia, se vestem com uma película inconfundível que nos mostra um novo mundo, uma nova era e uma nova descoberta pessoal.
Certo momento, sentado na arquibancada junto com meu amigo e também competidor Raposo (Budum), onde estávamos terminando de assistir outros competidores a cruzar a linha de chegada, perguntamos um ao outro o porque que realizamos o triathlon, ou mesmo, uma justificativa para estas eventuais “loucuras” tachadas pelas outras pessoas de nosso convívio social. Acabamos descobrindo que a verdadeira resposta estão nas inúmeras maneiras de buscar, nesta modalidade, o que realmente somos, qual o nosso verdadeiro potencial, qual a efetiva provação, quais as realizações, satisfações, dores, amores, paixões, e mesmo o descarte das coisas desnecessárias de nossa vida.

Serve tal meio para nos afunilar, lapidar, para nos aproximar cada vez mais do sentimento tão inexplicável que é a fé; serve para depositar nas pessoas que estão ao nosso lado a energia que efetivamente precisam para simplesmente completar a prova; serve para demonstrar que não estamos sós nesta batalha e que todos os fatores externos que nos rodeiam servem para nos alimentar, diariamente, nesta sede interminável que é nadar, pedalar e correr.
É um sentimento tão prazeroso e ao mesmo tempo tão frustrante que sempre quando completamos a prova fica aquele gostinho de “quero mais”. É incrível o número de pessoas que demonstram no olhar e tentam justificar o porque de já ter terminado a competição. Mas posso deixar para você uma certeza, caro leitor: que para nós o fim não existe; que a linha de chegada é apenas um passo, um tijolo para o imenso muro de uma fortaleza forte, imperial, resistente e única, que cada um cria dentro de si para a superação de novas batalhas, novas vertentes, novos gostos, desafios e conquistas.

Nesta etapa dos dias 21 e 22 os sanjoanenes William Cesar Arantes Raposo, Naor Falda, Thiago Palermo e Udo Matiello estavam presentes. Cada um participou em sua respectiva categoria: Raposo e Matiello na categoria short distance (sábado, dia 21), composto de 900 metros de natação, 22 km de ciclismo e 6 km de corrida. Já os participantes Falda e Palermo participaram na categoria long distance (domingo, dia 22), composto de 1.800 metros de natação, 88 km de ciclismo e 21 km de corrida.
Com 184 participantes na categoria short distance, William Cesar Arantes Rapouso fechou a prova com 01h18min21seg na 7ª colocação na categoria 25 até 29 anos com os tempos parciais de 17min49seg de natação, 36min54seg de ciclismo e 23min38seg de corrida. Já o participante Udo Frederico Nali Matiello ficou em 9º lugar, também na mesma categoria com o tempo total de 01h19min50seg, nas seguintes parciais:15min48seg de natação, 37min29seg de ciclismo e 26min33seg de corrida. A primeira colocação ficou com o atleta Alexandre Takenaka com o tempo de 01h07min19seg.
Já na prova long distance foram inscritos 520 atletas. Thiago Palermo fechou em 63º dos 78 participantes na categoria de 25 a 29 anos com o tempo com 05h31min13seg nas seguintes parciais: 36min34seg de natação, 02h33min46seg de ciclismo e 02h20min53seg de corrida. O primeiro colocado na categoria foi o atleta Ciro Violin com o tempo de 04h08min51seg.
Também no long distance mas na categoria de 40 a 44 anos, Naor Falda fechou em 67º dos 76 participantes com o tempo de 06h01min32seg nas seguintes parciais: 42min56seg de natação, 03h02min42seg de ciclismo e 02h15min54seg de corrida. Já nesta categoria o primeiro colocado foi o atleta Leonardo Campos Moreira com o tempo de 04h21min05seg.

No geral o melhor tempo masculino no short distance ficou com o atleta Ciro Violin com o tempo de 04h08min51seg e feminino com a atleta Karen Oliveira Krichanã da Silva com o tempo de 01h14min59seg. Já no long distance o melhor atleta masculino foi Ezequiel Morales com o tempo de 03h52min55seg seguido de Thiago Vinhal e Raphael Menezes dos Santos. Já no feminino Vanessa Gianinni fechou o melhor tempo com 04h18min45seg seguida de Ariane Gomes Monticeli da Silveira e Maria Soledad Omar.
O próximo encontro dos atletas sanjoanenses será na 6ª e última etapa do 19º Troféu Brasil de Triathlon que ocorrerá na cidade de Santos na praia do Gonzaga no dia 06 de dezembro, com presença garantida.