domingo, 8 de março de 2009

Litorina...

Dia 02: 22.02.2009 – Domingo
Ainda me lembro bem dos pós-jantares no bairro de Santa Felicidade, após aquela longa viagem que trouxe momento muitos bons para nós. O bairro de Santa Felicidade é famoso em Curitiba por possuir vários restaurantes com comida muito boa e barata. Só para você ter uma idéia: O Madalosso é o maior da cidade e já classificado no Guiness como um dos maiores do mundo pela sua capacidade: jantar de R$ 22,00 à vontade com fritos, risoto e muitas opções de massas (clique aqui para visitar o site do grupo). A caverna e sua magnitude ficaram sim em nossos corações, na esperança que tais obras, não criadas por nós seres humanos, perpetuasse na conservação, continuação e perpetuidade por vários séculos...

E
acordando naquela linda manhã ensolarada, após um belo café, fomos apanhados pelo motorista de um micro-ônibus da Serra Verde Express (empresa responsável pelo passeio turístico, clique aqui para visitar o site), muito animado, cheio de disposição e alegre no saguão do hotel com uma simples frase e um sorriso largo e verdadeiro: "- E ai! - Vamos andar de trem?". E de súbito levantamos e caminhamos para mais uma experiência inesquecível... Na verdade e para muitos, qual seria a justificativa de realizar um bendito passeio de trem de Curitiba até o Litoral?

Existe uma grande diferença de lermos as noticias e procurarmos através de nossas curiosidades para conhecermos a diferença entre o "saber" do "realizar". O fato de realizar um passeio de trem destes foi demais marcante, pela beleza das paisagens naturais, pela história que foi construída, pelos diversos pontos que o mesmo parou para visualizarmos as quedas, as montanhas em seus detalhes e a altitude. Foi realizado para sabermos e sentirmos a importância da paz em nossos corações. E serviu! E muito!

Passamos por várias estações, mas a final foi na cidade de Morretes, onde experimentamos o famoso “barreado”, um cozido de carne em panela por mais de 20 horas. A carne simplesmente desmancha e o gosto é como se fosse uma feijoada do outro dia: bem saboroso. A fórmula é a seguinte: mistura-se o caldo com farinha e após, acrescente o arroz. No calor, com uma boa cerveja gelada, foi o nosso prato principal. Experimentamos também a famosa pinga de banana (fortíssima) e paramos na cidade de Antonina, pequena e bem aconchegante.

Por ser fim de tarde e pelo tempo não ter ajudado muito, foram somente duas as fotos tiradas na Serra da Graciosa, quando então subimos de Antonina para Curitiba de micro-ônibus, onde vimos lá em baixo as cidades serem banhadas por São Pedro em um belo fim de tarde...

A História da Litorina...
A construção da ferrovia começou oficialmente em fevereiro de 1880. Considerada impraticável por inúmeros engenheiros europeus à época, a obra teve início em três frentes simultâneas: entre Paranaguá e Morretes (42 km), entre Morretes e Roça Nova (38 km) e entre Roça Nova e Curitiba (30 km).

O objetivo era estreitar a relação entre as cidades do litoral paranaense e a capital do estado, com vistas ao desenvolvimento social do litoral. Além disso, era imprescindível ligar o Porto de Paranaguá aos estados do Sul do Brasil, para que se desse vazão à produção de grãos dos estados e, dessa forma, garantir apoio ao desenvolvimento econômico da região.

Para a obra, foram recrutados mais de 9.000 homens, que ganhavam entre dois e três mil réis por jornada. A maioria deles vivia em Curitiba ou no litoral, e era composta de imigrantes que trabalhavam na lavoura. Mais da metade desses homens faleceu durante a construção da ferrovia, frente às condições precárias de segurança.

O esforço e ousadia de trabalhadores braçais, engenheiros e outros profissionais resultou numa das mais ousadas obras da engenharia mundial. Depois de cinco anos, a ferrovia foi inaugurada em 02 de fevereiro de 1885. Participaram da primeira viagem engenheiros, autoridades federais e locais, jornalistas e outros convidados. A viagem entre Paranaguá e Curitiba durou nove horas: ao chegar à Capital, mais de 5.000 pessoas aguardavam o trem.

Em seus cento e dez quilômetros de extensão, a ferrovia guarda centenas de obras de arte da engenharia: são 14 túneis, 30 pontes e inúmeros viadutos de grande vão. Destacam-se a Ponte São João, com 55 metros de altura, e o Viaduto Carvalho, ligado ao Túnel do Rochedo, assentado sobre cinco pilares de alvenaria na encosta da rocha - a passagem por esse trecho provoca a sensação de uma viagem pelo ar, como se o trem estivesse flutuando. Foi a primeira obra com essas características a ser construída no mundo.

Poucos destinos no Brasil têm o valor histórico dos passeios pelos trilhos da Serra Verde Express. É compromisso da Empresa mantê-lo em funcionamento de forma sustentável, com respeito à Serra do Mar que cerca todo o caminho e também às pessoas que fazem possível sua existência: turistas, funcionários da Empresa e outros profissionais do Turismo.

As fotos...

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Um comentário:

Unknown disse...

Mestre show demais o passeio o trem as fotos e que natureza mais linda ...
Parabens