terça-feira, 6 de abril de 2010

Corrida Adidas – 1ª Etapa Outono...

Naquele 21 de março, dia de um maravilhoso céu azul, nas ruas que precederam à chegada ao Estádio do Pacaembu em São Paulo para corrermos os 10 km da prova, eu e meu querido amigo Frederico Oscar não importávamos no que estava por vir. Não estávamos preocupados com as surpresas do caminho e nem tão-pouco, com o tempo de chegada, com a premiação ou os supostos troféus. Estávamos lá, caminhando ao seu encontro, aguardando pacientemente a premiação de uma maneira distinta de muitos outros competidores.

Nosso prêmio, caro leitor, estava totalmente focado na concretização, na realização de superação, no prazer de simplesmente tocarmos nossos pés naquele asfalto e sentirmos o vento em nossos rostos e seguir o fluxo daquela imensa multidão, fluindo sempre para frente, em um mesmo sentido, para um único fim.

A Corrida Adidas sempre traz esta expectativa e esta energia boa de se sentir, tanto nos bastidores quanto na prova em si. Nesta primeira etapa “Outono” confesso que tais sentimentos não foram, em nada, diferentes. Os viciados em corrida estavam presentes e aquele tempinho meio nublado meio ensolarado ajudou, em muito, naquele percurso estafante. No meu ponto de vista, apesar do caminho ser cotado de fácil por alguns, entendo que aquelas subidas repentinas e outros eternos aclives no Minhocão são dignos de sofrimento e sufoco para pernas que ainda não estão tão acostumadas por esta modalidade.

Fiquei feliz, por demais, de ver o Casaro (pequeno grande Fred!) completar aquela prova, sofrida, moída e eterna. É engraçado tentar descrever o que outra pessoa sente quando concretiza um objetivo que imaginou, em algum momento, que não seria capaz de realizar. E quando o cansaço definitivamente aperta, quando nossas pernas se tornam pesadas, quando o movimento das passadas começam a “chapar” o asfalto, quando percebemos que estamos sendo nocauteados pelo cansaço é que surgem forças escondidas em nossas entranhas, como se explodissem de nosso coração, de nossas veias. Naquele momento de sofrimento é que somos iluminados e recebemos uma mensagem de nosso consciente que somos sim grandes lutadores.

Preciso deixar somente uma mensagem aos céticos: nós simplesmente ACREDITAMOS que somos capazes, baseados em uma crença chamada que nos nutre a cada passo, a cada gota de suor e a cada movimento dado. Esses dois simples fatores, misturados, são os principais ingredientes para realizar qualquer feito. No ato de correr deixamos a descrença literalmente em nossos pés, chutamos nossas indiferenças e voamos sempre para frente, sempre vencedores!

As fotos...
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Um comentário:

Talita Lima disse...

Parabéns pela corrida e pelo texto, adoro ler o que você escreve.
Talita Lima