
“- Andale! – Andale!” Eu disse: “- Andale! – Andale!” Corra! Ande! Levante-se para a sua busca! Mas não caminhe com passos lentos e vagarosos para o seu objetivo! Corra! Eu disse C-O-R-R-A! Pois o limite da razão e do equilíbrio sempre foram fatores determinantes na vida das pessoas. Para mim, razão é o pensamento puro nas determinações diárias, em nossos afazeres corriqueiros e comuns. É a sustentação do nosso planejamento e do nosso acordar para um novo dia. Muitas vezes tomamos como base a ligação da razão com o saber, como pontos primórdios e essenciais para tudo, absolutamente tudo que fazemos bem como as decisões para as escolhas que deixamos em aberto, àquelas que nem mesmo testamos, sentimos ou buscamos o gosto do desconhecido. E não é por tão pouco: a razão é a âncora de nossa sabedoria, que nos prende à nossa história em relação ao convés de nossas experiências atuais.

E vamos supor ainda que você seja uma pessoa de bom coração, que sempre está disposto(a) a se abrir para as pessoas queridas e ajudá-las de qualquer forma que seja: dando uma palavra de consolo, um aperto de mão, uma mera companhia ou ainda uma dica de uma experiência já vivida...

O fato é que as conquistas que nos são ofertadas são ditas como complementos de experiências de vida que ainda não passamos e temos o prazer de desfrutar o gosto de cada novidade. É fato também que tudo o que é novo é saboroso, e tudo o que entra em nossa rotina é apenas algo corriqueiro, à mais, sem nos acrescentar naquilo que realmente necessitamos naquele exato momento vivido.
Daí a busca pela novidade, pelas loucuras e pela concretização daquilo que ainda não experimentamos. E isso não se perdura somente por um instante: passa ao longo de nossa vida terrena. A insanidade do ser humano é justificada pelas vontades que ainda não sofreu.

É engraçado que muitas pessoas somente sentem o verdadeiro prazer na vida quando realizam algo fora do padrão ou que, tal fato é visto como loucura, insanidade e delírio entre o real e o abstrato pelas outras pessoas que conhecemos. Vontade e não-arrependimento andam lado a lado, sempre, em todos os momentos de nossas vidas. Daí as escolhas que determinam ou não a ausência e aquele gosto que a sua língua pequena, sedenta e amarga ainda não desfrutou.
O que nos resta é somente realizar aquilo que temos vontade e libertar de nossos corações os medos que a própria sociedade nos implantou, desde nosso nascimento. Somos obrigados a sugar diariamente uma parcela de necessidades retrógradas e desagradáveis, pela felicidade de quem? Da sociedade! E digo sociedade como todo: família, amigos e colegas. Esquecemos quem somos e deixamos de nos agradar, de nos abraçar, de termos o que queremos pelo simples fato de alguém disse, em algum momento, o seguinte: “- Comporte-se meu jovem! Você não pode e não deve fazer isto! Você está agindo contra os padrões!”

Sem dizer ainda que para que exista a compatibilidade mínima entre dois seres, sejam eles amorosos, amigos, parceiros ou, simplesmente que compartilham das mesmas idéias é justamente o gosto pelo mínimo das atividades que você pratica. De nada adianta querer colocar o contra-oposto no caminho diário se que para exista razão em um relacionamento é justamente saber que a pessoa com quem vive, saiba o mínimo necessário da nostalgia de saber o que você já viveu! De nada adianta a mudança da personalidade, da tentativa frustrada de ditames já encravados de seu parceiro se ele desconhece o que você já passou, se não viveu o mínimo de suas experiências, se não sentiu o mínimo de seus sentimentos ou se, ao menos, concorda com pensamentos atrofiados e antigos que você já passou.

Dica: veja a galeria de imagens, no topo da página do lado direito, título "Galeria de fotos Flickr", clicando nos respectivos links de seu gosto (em especial "Principal Albuns" e "Principal Coleções").
Um comentário:
ANDALE Udo....Andale!
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