segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Andale...

Dia 08.12.2008.
“- Andale! – Andale!” Eu disse: “- Andale! – Andale!” Corra! Ande! Levante-se para a sua busca! Mas não caminhe com passos lentos e vagarosos para o seu objetivo! Corra! Eu disse C-O-R-R-A! Pois o limite da razão e do equilíbrio sempre foram fatores determinantes na vida das pessoas. Para mim, razão é o pensamento puro nas determinações diárias, em nossos afazeres corriqueiros e comuns. É a sustentação do nosso planejamento e do nosso acordar para um novo dia. Muitas vezes tomamos como base a ligação da razão com o saber, como pontos primórdios e essenciais para tudo, absolutamente tudo que fazemos bem como as decisões para as escolhas que deixamos em aberto, àquelas que nem mesmo testamos, sentimos ou buscamos o gosto do desconhecido. E não é por tão pouco: a razão é a âncora de nossa sabedoria, que nos prende à nossa história em relação ao convés de nossas experiências atuais.

O grande e máximo problema das nossas construções e de nossas conquistas é basicamente que elas nos trazem grandes responsabilidades e grandes preocupações. É como se fosse a velha história dos “degraus”: quanto maior as conquistas, maior a altura e maior a queda. O problema ainda está em como cada um ‘dribla’ as conseqüências das grandes conquistas e das grandes responsabilidades, sem ainda dizer dos fatores externos a que diariamente estamos expostos e testados.

E vamos supor ainda que você seja uma pessoa de bom coração, que sempre está disposto(a) a se abrir para as pessoas queridas e ajudá-las de qualquer forma que seja: dando uma palavra de consolo, um aperto de mão, uma mera companhia ou ainda uma dica de uma experiência já vivida...

Como a sociedade o vê e como você é visto perante ela? Que tipo de ser humano se tornou para todos aqueles que estão ao seu redor? E para que todas as conquistas que têm prosperado durante eternidades, anos, décadas de sua vida? Qual o verdadeiro sentido delas?

O fato é que as conquistas que nos são ofertadas são ditas como complementos de experiências de vida que ainda não passamos e temos o prazer de desfrutar o gosto de cada novidade. É fato também que tudo o que é novo é saboroso, e tudo o que entra em nossa rotina é apenas algo corriqueiro, à mais, sem nos acrescentar naquilo que realmente necessitamos naquele exato momento vivido.

Daí a busca pela novidade, pelas loucuras e pela concretização daquilo que ainda não experimentamos. E isso não se perdura somente por um instante: passa ao longo de nossa vida terrena. A insanidade do ser humano é justificada pelas vontades que ainda não sofreu.

Certa vez fui indagado por um amigo se a loucura é mais concreta do que os fatos reais que vivemos. Ou ainda: a loucura é um fator justificante de nossa própria personalidade, de quem realmente somos?

É engraçado que muitas pessoas somente sentem o verdadeiro prazer na vida quando realizam algo fora do padrão ou que, tal fato é visto como loucura, insanidade e delírio entre o real e o abstrato pelas outras pessoas que conhecemos. Vontade e não-arrependimento andam lado a lado, sempre, em todos os momentos de nossas vidas. Daí as escolhas que determinam ou não a ausência e aquele gosto que a sua língua pequena, sedenta e amarga ainda não desfrutou.

O que nos resta é somente realizar aquilo que temos vontade e libertar de nossos corações os medos que a própria sociedade nos implantou, desde nosso nascimento. Somos obrigados a sugar diariamente uma parcela de necessidades retrógradas e desagradáveis, pela felicidade de quem? Da sociedade! E digo sociedade como todo: família, amigos e colegas. Esquecemos quem somos e deixamos de nos agradar, de nos abraçar, de termos o que queremos pelo simples fato de alguém disse, em algum momento, o seguinte: “- Comporte-se meu jovem! Você não pode e não deve fazer isto! Você está agindo contra os padrões!”

E o complemento que nos é ofertado diariamente; e o preenchimento de nossos corações; e a negação dos ditames da sociedade que lhe foi imposto(a) é tão somente reprimido quando o grau de loucura extravasado de cada um coincide, ao menos, com as loucuras que você já realizou em sua vida! O hilário e o escarno das idéias de cada pessoa, a união e a compatibilidade de gênios, está na ligação entre a mínima razão com a loucura oposta de outrem. Ou você pensa que é pela normalidade que conhecemos quem verdadeiros somos, ou, quão legítimos é alguém em sua vida? As diferenças só aparecem quando a anormalidade atinge o grau do aparecimento. E isto, é fato.

Sem dizer ainda que para que exista a compatibilidade mínima entre dois seres, sejam eles amorosos, amigos, parceiros ou, simplesmente que compartilham das mesmas idéias é justamente o gosto pelo mínimo das atividades que você pratica. De nada adianta querer colocar o contra-oposto no caminho diário se que para exista razão em um relacionamento é justamente saber que a pessoa com quem vive, saiba o mínimo necessário da nostalgia de saber o que você já viveu! De nada adianta a mudança da personalidade, da tentativa frustrada de ditames já encravados de seu parceiro se ele desconhece o que você já passou, se não viveu o mínimo de suas experiências, se não sentiu o mínimo de seus sentimentos ou se, ao menos, concorda com pensamentos atrofiados e antigos que você já passou.

Andale! Andale!” Sim! Corra, mas agora corra por outro motivo, para uma nova busca, para a mais maravilhosa e árdua tarefa que lhe foi imposta: a descoberta de si mesmo! Nunca ninguém lhe disse que você deveria cumprir esta tarefa, mas você a trouxe quando foi escolhido para viver! Corra, mas corra pelo objetivo máximo do descobrimento do equilíbrio de seus sentidos e da massa árdua que há de remover de seus pensamentos já encravados, liberando-o para a liberdade de seu ser novamente, aquele que a tempos foi esquecido. Corra mas busque algo produtivo, lindo e maravilhoso que seja ao mesmo tempo simples e complexo, mas que seja tão-somente para você especial. O que importa nesta existência é isso: saber o propósito de nossas vidas, o porquê que estamos aqui e quais os passos tomar para que tenhamos sempre uma razão e que ela se torne mais clara e objetiva em nosso caminhar diário.

Dica: veja a galeria de imagens, no topo da página do lado direito, título "Galeria de fotos Flickr", clicando nos respectivos links de seu gosto (em especial "Principal Albuns" e "Principal Coleções").

Um comentário:

Anônimo disse...

ANDALE Udo....Andale!