
Mas uma coisa era certa: queríamos cumprir o objetivo de uma forma diferente e tranqüila... muito tranqüila...para efetivamente descansar, sem preocupações com tempo e espaço, sem dilações de pensamentos diante das casualidades que iríamos encontrar e respeitando o nosso espírito, nossa alma, em busca de nós mesmos, naqueles longos e serenos pedais, que seriam tachados de eternos dentro de nossos corações.

Ficou decidido que, no primeiro semestre, o grupo inicial de três pessoas (Udo, Tomé e Penha) cumpriria os trechos anteriores de São João da Boa Vista, nossa cidade natal. Separamos os eventuais trechos em ramificações secundárias, até nossa cidade, um por final de semana, e cada uma, por mês. Desta forma o caminho não sairia pesado, cumpriríamos todo ele sem preocupações e, de sobra, teríamos tempo de sobra para descansar e aproveitar as paisagens e cidades até então desconhecidas.

Com a criação das ‘ramificações’ o caminho da fé ‘original’ também foi mudado: cidades foram excluídas da peregrinação, e outras, incluídas, ou substituídas. Mas, convém dizer aqui que, mesmo com a suposta ‘exclusão’ destas cidades, ainda é possível observar nestes caminhos as setas amarelas que seguem para Aparecida. A fé está demarcada em todos os lugares, basta para cada um caminhar por onde o seu coração permitir e se sentir permitido a isso.

O 1º RAMAL pode ser conhecido como RAMAL NORTE, e abrange a cidade inicial de Mococa, com passagens por São José do Rio Pardo (24 km), São Sebastião da Grama (25 km) e São Roque da Fartura (27 km). No total do ramal norte são 81 km.
O 2º RAMAL pode ser definido como RAMAL NOROESTE, e abrange a cidade inicial de Cravinhos, com passagens por São Simão (30 km), Santa Rosa do Viterbo (26 km) e Tambaú (40 km). No total do ramal noroeste são 106 km.

Planejamos então assim: em janeiro com o ramal noroeste, em dois dias, um final de semana. Fevereiro com o ramal oeste, estendido até São João da Boa Vista,em 04 ou 05 dias e, por último completando o suposto ‘treino’ o ramal norte em abril, deixando o restante do caminho de São João a Aparecida para o mês de junho ou julho.
Muitos podem até perguntar o porque de realizar o passeio nos meses de janeiro e fevereiro, período este de muita chuva nas redondezas. Mas entendam que, é complicado arranjar e planejar os passeios com grupos; arrumar agenda e os afazeres diários, os trabalhos e os “encaixes” para cada participante. Dividimos o caminho conforme foi conveniente para cada um de nós.

Para mim a fé é justamente isso: a crença na força de vontade e a crença de que de tudo se é capaz através da fé. Vivenciamos a fé nesses dois dias escutando os nossos instintos, instintos esses que monitoravam cada sentido de nosso ser.

Resta deixar o gostinho de quero mais para o mês de fevereiro, onde o grupo segue a sua peregrinação pelo ramal Oeste, que liga a cidade de São Carlos, a Tambaú. O carnaval já está marcado com este passeio: cumpriremos o percurso até Tambaú e de lá, caminharemos até nossa cidade Natal, em 4 ou 5 dias.
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