terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ciclos... (A Nova Era)

O mundo é realmente algo muito fascinante, não?

Certa vez estava eu sentado em um pequeno banco de cimento quando, olhando para o céu, recebi sopros divinos, como se fossem plumas à mais simples pele acariciada, de forma tal que era necessário absolutamente mais nada, senão aquele silêncio para descrever a grandiosidade e simplicidade de minha vida. Foi um ato tão sublime, tão puro e ao mesmo tempo tão simples, que aquele simples fato singular tornou-se completo para transcrever os caminhos, os passos bem como os supostos ditames para os objetivos que tracei em minha vida. Foi, sim, um insight, uma visão, uma benção única e significativa.

Fora como se todos os ditames sociais, culturais, políticos, religiosos se fundissem em um só ponto para que tão somente o instinto do ser humano se sobressaia sobre todas as formas, assoprando todas as dúvidas existenciais guardada, diariamente, em nossos corações.

Percebi que a vida é formada por ciclos, evolutivos ou retrógrados, que nos levam sempre ao mesmo ponto, sempre nas mesmas provações. Se a percepção enganosa de tal assunto já basta para o conhecimento, a provação entra como pauta principal e nova provação lhe é imposta. Ciclos... De nada adianta a nossa eterna arte de errar, aprender e perdoar se não fossem os ciclos da vida. As tão famosas renovações humanas, de pensamento de fato. Estamos cansados de perceber e sentir que a máquina da vida é exercitada em nós principalmente pelo cultivo, pela criação e personificação da paciência, virtude que suporta nossos passos lentos e criteriosos, levando às decisões diárias que mudam a formação de nosso futuro.

E é através da paciência criada e medida por nós que os sonhos se concretizam. Crescemos, comemos, estudamos, testemunhamos regras, meramente palitativas e degustativas, absorvidas de tal forma que tornamos cegos para o nosso verdadeiro propósito.

Amigos, irmão, primos, conhecidos e estranhos estão perdidos no mundo de hoje por causa do “ciclo inverso” que direcionaram em certo momento de suas vidas. Faltam para eles alguma base, alguma orientação, algum suporte. Faltam ouvidos às suas palavras. Absorveram a cegueira do pensamento fortuito, do afunilamento de experiências e das negações diárias, por sentimentos antepassados como o egocentrismo, a valoração pessoal, a materialização e a obscuridade da avareza.

E tais pessoas vivem em um mundo em que seus pés criam raízes com as formas mais hipócritas de existência, sendo diariamente enganados pelos tão famosos ciclos viciosos que fecharam as portas da novidade, do saboroso, do teste, tudo em troca de uma suposta busca única, de um sonho vazio, apático, histérico e cético...

Ciclos... repetições... repetições que nos tornam melhores quando percebemos que são pelos erros que realmente conhecemos nossos próprios sentidos. Erros que, evitados ou não, trazem uma modificação no padrão de nossa personalidade. São pelos erros que se quebra o gelo de nosso conhecimento e nos mostra o tamanho de nossa ignorância em determinado assunto. São pelos erros que sabemos quem verdadeiramente somos.

E são pelas opiniões alheias, pelas sociabilidades externas, televisivas e enganosas que cavamos nosso túmulo para o esquecimento interior. Vivemos sempre preocupados com nossas tarefas, nossos trabalhos, agendas, telefones e compromissos, deixando de lado fatores extremamente importantes para a criação do afeto e da compaixão humana. E naqueles tempos ociosos de sua preciosa vida, surgem perguntas até então nunca imaginadas: “porque estou aqui?” “é disso o que realmente preciso?”, “o que realmente estou fazendo de minha vida?”, “no que esta tarefa realmente me ajuda?”. E estas perguntas nos afunilam.. nos pressionam... nos coloca face a face com nosso verdadeiro propósito, com nossa busca e nos matam diariamente quando respostas perquiridas não são obtidas. Nossas almas se calam... fechamos nossos olhos... dormimos... e viramos a página como se nada tivesse acontecido. E a vida continua, carregadas de dúvidas como algemas presas a um mundo imaginário.

Ciclos! Ciclos de mudanças! Esse é o sentido da vida, não? Sentido que devemos seguir como traçados desde o nosso efetivo nascimento: de que viemos para abraçar o aprendizado de cada dia, como se, a cada passo dado, seja realizada uma nova conquista, derivada de fatos relevantes ou não, mas que carregam uma importância imensa para a transmutação da sua personalidade, para o seu viver.

Os ciclos são milagrosos! São como nuvens que se transpõe em cima de nós demonstrando que a cada movimento efetivamente vivido é digno de beleza pura e única. Eles nos dizem constantemente que é preciso realizar, produzir e dar cada vez mais de nós mesmos, como tarefas que nos conectam com a existência de um mundo melhor, mais humano, mais colorido. São pelas tarefas diárias que conseguimos enxergar que não conseguimos viver só e que necessitamos do companheirismo para nos tornarmos mais felizes e completos.

Os ciclos nos levam a perceber que nossa alma somente é purificada com presentes que recebemos da forma mais singela possível, acompanhados por uma pitada de amor, carinho, compaixão e temperadas pela fórmula secreta do sorriso. São através dos ciclos que o nosso trabalho realizado com tanto fervor, diariamente, produz não somente o nosso pão de cada dia, mas concretiza um bem maior, uma união entre o fazer e receber, entre o dar e o esperar, entre aquilo que sonhamos e concretizamos.

Nossas tarefas estão atreladas às pessoas que estão ao nosso redor, diariamente, nos acompanhando por esta jornada maravilhosa que é viver. Ainda acredito que o ser humano é capaz de chorar, abraçar, olhar, sentir e tocar com suas mãos o verdadeiro coração de cada um para percebermos em nosso futuro que tudo o que realizamos foi fruto do que somos hoje. Para olharmos para nosso passado e realmente avistar que tudo o que foi produzido valeu a pena; que aquele caminhar realizado à muito tempo atrás foram passos de propósitos benevolentes, colhidos hoje e gravados pela eternidade, sempre para o propósito de uma vida efetivamente gratificante e feliz.

Particularmente tenho caminhado e traçado minha vida justamente rodeada por estes fatores. As conquistas e provações diárias que me impulsionaram sempre a escrever, a fotografar e a filmar, tudo no único intuito de compartilhar a minha felicidade de viver com vocês, me levaram a lugares que até então nunca pensei que era possível chegar. Em meu blog tento colocar um pouquinho de minha vida, demonstrando o quanto acho fantástico viver. Não posso negar que os ciclos sempre estiveram presentes em minha vida, sempre me torturando para me mostrar algo, ligado ao meu coração e pelos caminhos de minha intuição. Tendo demonstrar para vocês que a vida é única e que nossa natureza é bela, digna de aplausos eternos. Não posso ser cético ao ponto de encravar meus pés na mesmice do dia-a-dia sendo que, ao meu redor, encontram-se elementos realmente vivos, degustativos, novos e interessantes.

Falho, e muito, nesta vaga tentativa insana de impulsionar as pessoas que me rodeiam ao novo, e muito mais tentando descrever sentimentos em palavras. Descobri, neste curto espaço de tempo, que as palavras por mais lindas que sejam não conseguem transparecer o sentimento da conquista pessoal de cada um, nem ao menos de descrever o que as lágrimas derramaram. Percebi que a única maneira de demonstrar tais sentimento é tão somente vivendo e compartilhando a felicidade com outrem. Por mais maravilhosa seja a conquista, esta só é válida se efetivamente compartilhada. Disso, tenho certeza absoluta.

A verdadeira intenção da escrita, das fotos e dos vídeos foram de demonstrar e impulsionar você a um novo mundo de descobertas, descobertas estas que foram demonstradas para mim pelos tão famosos “ciclos”. Foi e sempre será para enfatizar que nesta vida tudo é realmente possível, desde que acreditamos fielmente no nosso propósito, que tenhamos no coração a fé, a paciência e muita, mas muita vontade de experimentar o novo, sem preconceitos e sem medos. Foi e sempre será tentar demonstrar para você que é possível extrair o positivismo mesmo dos fracassos e que é justamente pelo aprendizado que nos tornamos mais fortes e mais suscetíveis a provações.

Que este ciclo natalino seja repleto de conquistas e novidades para você. Há muitos desejos para ofertar nesta época de renovação, mas somente um importante para traçar: felicidade. Caminhe sobre trilhos desconhecidos sempre que a oportunidade lhe aparecer à tona, pois isto é um sinal que novos tempos estão se abrindo e que o novo chegou à sua porta.

Desejo que o ciclo natalino tenha trazido um presente mais do que especial para você: o presente do reconhecimento. Reconhecimento do perdão. O reconhecimento pela vida que tem, pelos amigos que possui, pela saúde e fé plantada, pela paciência dos anjos da guarda que aturam as nossas impaciências e demonstram novas alternativas. Reconhecimento de que não é necessário o muito para sermos efetivamente felizes.

Espero que o ciclo tenha trazido o reconhecimento pleno de seu propósito nesta existência e, ao mesmo tempo, traçado novas experiências e plantado novas energias incansáveis e intoleráveis, para caminhar sempre à frente de suas razões e em busca de verdadeiras, singulares e simples emoções. Que tenha trazido o reconhecimento do equilíbrio, da equidade e da valoração da natureza e ao próximo.”

Muita luz! Muita paz! Muita sabedoria! Ciclo-abraços!

As fotos...
01. Veja todas as fotos e descrições no servidor do flickr, em alta resolução clicando AQUI ou em qualquer foto acima deste post.
02. Outra opção é clicar no play abaixo e conferir o slideshow, porém sem as descrições e em resolução reduzida.


See more at Vimeo and Flickr. Do it!

Nenhum comentário: