quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Caminho da Fé: Ramal Noroeste (1ª Parte)...

Ainda lembro muito bem quando o Tomezinho (Rafael Tomé) e o Penha (Gabriel Penha) vieram aqui em casa para conversarmos sobre o Caminho da Fé. Naquela noite de uma semana qualquer, calma e serena, conseguimos traçar alguns planos, bem distintos e bem tranqüilos que pretendíamos cumprir ao longo de 2010.

Mas uma coisa era certa: queríamos cumprir o objetivo de uma forma diferente e tranqüila... muito tranqüila...para efetivamente descansar, sem preocupações com tempo e espaço, sem dilações de pensamentos diante das casualidades que iríamos encontrar e respeitando o nosso espírito, nossa alma, em busca de nós mesmos, naqueles longos e serenos pedais, que seriam tachados de eternos dentro de nossos corações.

O grande problema para todos nós foi justamente ‘escalonar’ os horários, separar os tempos e os dias para cumprir a tão sonhada tarefa. Decidimos, por unanimidade, cumprir o caminho em todas as suas ramificações, tanto as secundárias como a principal. Dividimos nosso tempo por meses, os meses por finais de semana, os finais de semana por dias, e os dias por horas.

Ficou decidido que, no primeiro semestre, o grupo inicial de três pessoas (Udo, Tomé e Penha) cumpriria os trechos anteriores de São João da Boa Vista, nossa cidade natal. Separamos os eventuais trechos em ramificações secundárias, até nossa cidade, um por final de semana, e cada uma, por mês. Desta forma o caminho não sairia pesado, cumpriríamos todo ele sem preocupações e, de sobra, teríamos tempo de sobra para descansar e aproveitar as paisagens e cidades até então desconhecidas.

O Caminho da Fé inicial, original, na sua raiz, foi traçado como marco inicial a cidade de Tambaú e findando na Basílica de Nossa Senhora, em Aparecida, cortando o sul das Minas Gerais pela tão grandiosa Serra da Mantiqueira. Com o advento das publicidades, dos interesses secundários bem como da participação das cidades adjacentes, o caminho se expandiu, criando assim, as ramificações.

Com a criação das ‘ramificações’ o caminho da fé ‘original’ também foi mudado: cidades foram excluídas da peregrinação, e outras, incluídas, ou substituídas. Mas, convém dizer aqui que, mesmo com a suposta ‘exclusão’ destas cidades, ainda é possível observar nestes caminhos as setas amarelas que seguem para Aparecida. A fé está demarcada em todos os lugares, basta para cada um caminhar por onde o seu coração permitir e se sentir permitido a isso.

Falando um pouquinho mais dos ‘ramais’ e tomando como base a cidade de Tambaú, 03 (três) novos caminhos foram criados, sendo 02 (dois) deles juntando a cidade de Tambaú e um deles comunicando com a cidade de São Roque da Fartura, todas no Estado de São Paulo. Podemos acrescentar mais um caminho, de São João da Boa Vista, que também liga a cidade de São Roque da Fartura. Destes dois pontos em comum (Tambaú e São Roque) o caminho segue fluente em sua origem até o final.

O 1º RAMAL pode ser conhecido como RAMAL NORTE, e abrange a cidade inicial de Mococa, com passagens por São José do Rio Pardo (24 km), São Sebastião da Grama (25 km) e São Roque da Fartura (27 km). No total do ramal norte são 81 km.

O 2º RAMAL pode ser definido como RAMAL NOROESTE, e abrange a cidade inicial de Cravinhos, com passagens por São Simão (30 km), Santa Rosa do Viterbo (26 km) e Tambaú (40 km). No total do ramal noroeste são 106 km.

O 3º RAMAL também pode ser definido como RAMAL OESTE, e abrange a cidade inicial de São Carlos, com passagens por Descalvado (40 km), Porto Ferreira (20 km), Santa Rita do Passa Quatro (20 km) e Tambaú (28 km). No total do ramal oeste são 108 km.

Planejamos então assim: em janeiro com o ramal noroeste, em dois dias, um final de semana. Fevereiro com o ramal oeste, estendido até São João da Boa Vista,em 04 ou 05 dias e, por último completando o suposto ‘treino’ o ramal norte em abril, deixando o restante do caminho de São João a Aparecida para o mês de junho ou julho.

Muitos podem até perguntar o porque de realizar o passeio nos meses de janeiro e fevereiro, período este de muita chuva nas redondezas. Mas entendam que, é complicado arranjar e planejar os passeios com grupos; arrumar agenda e os afazeres diários, os trabalhos e os “encaixes” para cada participante. Dividimos o caminho conforme foi conveniente para cada um de nós.

O ramal que nós completamos, noroeste (Cravinhos a Tambaú), no geral foi muito gratificante! Passamos por experiências únicas, dignas para levarmos durante toda a nossa existência. Trabalhamos, por demais, nossa paciência nos momentos de dificuldades; obedecemos aos nossos limites, de acordo com cada resposta que nosso corpo nos dava, em toda pedalada; conversamos; choramos de alegria; tivemos conversas a noite; confessamos; pairamos no ar; criamos um elo de energia tão intenso, tão forte, tão gratificante que posso dizer a você, com toda certeza absoluta, que este foi o alimento de nossa alma, que impulsionou nossos músculos a cada centímetro, metro e quilômetro percorrido.

Para mim a fé é justamente isso: a crença na força de vontade e a crença de que de tudo se é capaz através da fé. Vivenciamos a fé nesses dois dias escutando os nossos instintos, instintos esses que monitoravam cada sentido de nosso ser.

Gostaria de agradecer a todos os amigos que participaram do caminho; a todos que, direta ou indiretamente emanaram energias positivas para que nós cumpríssemos os objetivos, respeitando o limite e a vontade de cada um; agradecer a Deus por mais uma oportunidade de vivenciar esta experiência e poder compartilhar, nem que se for por um mínimo momento através das fotos e vídeos, o que realmente passamos, o que sentimos e o que vivenciamos.

Resta deixar o gostinho de quero mais para o mês de fevereiro, onde o grupo segue a sua peregrinação pelo ramal Oeste, que liga a cidade de São Carlos, a Tambaú. O carnaval já está marcado com este passeio: cumpriremos o percurso até Tambaú e de lá, caminharemos até nossa cidade Natal, em 4 ou 5 dias.

As fotos
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ciclídos Episode 1...

Sempre, em minha tenra infância, tive grande fascinação por animais de estimação. Confesso que, como todos os jovens, por mais que gostamos dos animais, somos prejudicados pela nossa grande impaciência de entendê-los, de cuidá-los, e de orientá-los. Os peixes para mim sempre foram criaturas muito fascinantes. Já tive aquários de plantas, aquários de beta, aquário dos tão famosos ‘neons’. Mas confesso que por minha própria impaciência e um pingo de desleixo aquela vontade de tê-los em minha vida, passou. E passou por muito tempo...

Contudo minha mãe Ângela e os jardineiros quebraram esta corrente o ano passado, quando ela mesma comprou um vaso de tamanho médio/grande, onde metade se planta e metade é um aquário artificial. Ela colocou um filtro interno, de camadas, com uma bomba submersa e peixes ‘carpas’. No fundo, pedras de rios e outras pedras que eu e meus amigos em nossas caminhadas trazemos dos diferentes cantos de nossa natureza. Confesso que aquele aquário ficou lindo, de fácil manutenção e acabou por abrir outras oportunidades, aguçando o meu sentido para a compra de um novo aquário.

Pesquisei muito os tipos de peixes que o mercado hoje ainda disponibiliza. Com as novas restrições tanto do IBAMA quanto das lojas, os aquários marinhos que até então sonhava comprar ficaram arquivados em minha memória: primeiro pela questão do valor, segundo pela manutenção alta e cara e terceiro pelos materiais que colocamos no aquário serem eles artificiais ou naturais são muito caros.

Daí surgiu a idéia dos ciclícios africanos. Meu amigo, Denny, da Aqualife onde conheço à tempos, possui um montado em sua loja, e aquele estilo “marinho falsificado” ficou na minha cabeça. Quis entender como as rochas e corais que tornam a água tão alcalina, suportam peixes de água doce! Fiquei encantado, e com aquelas luzes rocha e rosa, deram um ar de marinho, com peixes de cores fortes e vivos!

Montei este aquário no dia 16 de dezembro de 2009, onde deixei a água ‘batendo’ por mais de 30 dias, para tornar alcalina, evaporar o cloro e tornar, naturalmente, uma água ‘pesada’ além de criar a tão famosa ‘biologia’. Coloquei os primeiros peixes no mês de janeiro de 2010, exatamente no dia 05.

No total foram 10, 2 cada espécie, e a montagem inicial você confere neste vídeo pequeno, de menos de 4 minutos, onde mostra a disposição das rochas, os peixes já adaptados e os filtros utilizados. O vídeo está ‘adiantado’ (não está em as velocidade normal) para fechar, com chave de ouro com a música escolhida. Espero que gostem!


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domingo, 24 de janeiro de 2010

2009 season finale...

Encerrando a mais um ano e respeitando as crenças de nossa querida Iemanjá, visitamos o mar de Ubatuba, sua grande morada, para nos reabastecer para mais um ano de 2010. Os agradecimentos e as festividades foram completadas pela família presente, pelos amigos que compareceram a todos os momentos e nos acompanharam nos caminhos que traçamos. Só nos resta fecharmos os olhos pra a maravilha da natureza e sentirmos, dentro de nossos corações, o que ela realmente representa em nossas vidas.

As fotos...
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